A EDUCAÇÃO, FAVOR NÃO ESQUECER.
Irm.·. Antônio do Carmo Ferreira*
“Tanto é mais adiantado o homem, quanto mais pode haurir dos segredos da natureza e empregar suas
descobertas em benefício da humanidade”. Ritual do Aprendiz, REAA, GOEPE.
Durante toda essa campanha
eleitoral, não tenho observado maiores
interesses pelo tema educação. Reporto-me
às falas dos candidatos ao cargo de
Presidente da República. Nenhum deles
aborda o assunto educação. E quando toca
o faz tangencialmente numa sequência em
que o termo mal aparece e em último lugar,
antecedido por: segurança, saúde e outros
... Nos debates, ninguém é indagado sobre
que tratamento será dado à educação em
seu governo. É como se a educação fosse
uma função de somenos importância na
construção do progresso de uma nação.
Infelizmente, é assim mesmo que se
vê o fator educacional em nossas equações
governamentais. Há um plano decenal em
execução que prevê um compromisso de
10% do PIB a ser aplicado, mas não se
chegou sequer à metade e, pior, o Governo
proibiu, por emenda constitucional,
qualquer acréscimo por muitos anos.
Pratica-se dessa forma um crime contra o
“país do futuro”, frustrando as esperanças
de milhões de jovens que ficam
impossibilitados de ter um ensino melhor
e, de maneira eficaz, contribuírem para o
progresso de nossa Pátria.
Tudo se passa, como se as mil
maravilhas estivessem acontecendo.
Escolas bem aparelhadas. Professores e
educadores bem remunerados, com salários
fazendo jus à sua importância na formação
da juventude. Estudantes ávidos do saber e
estimulados para tanto, com uma avaliação
superior aos índices alcançados por seus
contemporâneos do restante do mundo.
Uma grosseira ironia. Pensem o
inverso! Que é o estágio em que se
encontra nossa Educação. Salvo em alguns
Estados, onde um milagre consolador tem
acontecido, graças sobretudo ao esforço
local das escolas de ensino em tempo
integral, decorrente da ação conjunta de
governo, família, estudantes e educadores.
Tento pensar que o aprofundamento
do tema teria saído daqueles debates
iniciais, dado sua importância, para ser
incluído e desenvolvido na construção do
plano de governo do candidato eleito. Uma
consciência coletiva dos candidatos. Então,
mês que vem, após a unção do eleito, é de
todo urgente sua excelência repensar os
temas educação verso emprego, sabido
(Art. 205 da CF) que a educação é um
direito de todos, cuidado pelo estado e
família, para proverem a pessoa das
condições para o exercício da cidadania e
do trabalho.
Treze milhões de desempregados.
Tantos postos de trabalho extintos. Com a
retomada do crescimento, estariam eles
habilitados à ocupação das novas funções
que o mercado de trabalho venha a
oferecer? Pesquisadores sensíveis aos
anseios das pessoas, anseios que surgem à
medida que a tecnologia lhes proporciona
novos e mais atraentes bens e serviços,
ante vêem que mais da metade dos jovens
que hoje fazem o curso médio, está se
formando para a ocupação de empregos na
produção de bens, dos quais ainda não se
tem notícia. Frutos da velocidade nas
descobertas, invenções e tecnologias!
Mais: esses mesmos pesquisadores
advertem que o futuro privilegiará as
“habilidades comportamentais” para os
humanos, enquanto que caberá aos robôs a
prática das “habilidades técnicas”.
Então, é preciso e urgente repensar
a educação, porque o tempo do robô está
chegando, e a qualidade do empresário se
revela, não na caridade que pratica, mas no
lucro que sua organização aufere.
)- Antônio do Carmo Ferreira é Economista
pela UFPB.
ACIMA, tem por objetivo promover o bem estar da pátria e da humanidade, promovendo e apoiando ações sociais.
quarta-feira, 7 de novembro de 2018
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