segunda-feira, 11 de maio de 2009

Entusiasmo

ENTUSIASMO, A FORÇA MOTRIZ QUE IMPULSIONAIrm Antônio do Carmo Ferreira
“... um novo sol se abrindo,Iluminando os caminhosPor onde estamos indo!”
Tenho andado por todo nosso Brasil. E em cada lugar a que chego, grande é a alegria que me domina, ao ver a quantidade de maçons com que me deparo. É certo, preciso esclarecer, que nesses momentos a que me refiro se dão eventos maçônicos importantes, com muitas chamadas prévias e divulgação. Mas os muitos maçons que ali se encontram não são fantasmas. Eles existem. E são muitos. Congressos do Grande Oriente do Brasil, Assembléias da Confederação da Maçonaria Simbólica do Brasil, Assembléias Gerais da COMAB, Encontros Nacionais da Cultura Maçônica, já na XIV edição, em nenhum deles se contam menos de 300 maçons, número que dobra com os acompanhantes e convidados.
Vendo por esta ótica, a maçonaria está bem. Penso, como Howard, no livro “A Conspiração Ocultista”: “Esta viúva tem algo indestrutível, para ter mais de 6000 anos e ainda despertar tanta atração!” Agora, fazer milagre é outra história. O que precisamos, tenho a impressão, é acrescentar mais musculatura em seu corpo ... pois “a messe é grande e poucos os operários”. Não somente preencher os lugares que foram esvaziados pelos óbitos e pela deserção, mas também fazer crescer a quantidade “de operários”, pelo menos em proporção semelhante ao crescimento da população. Somos, hoje, ao que se propala, 1 maçom para cada 1.000 brasileiros. E isto, convenhamos, é um contingente muito pequeno para influir decisivamente numa mudança de rumo, como as coisas estão, por melhor e mais germinativo que seja o exemplo.
A questão é saber então se desejamos manter “os operários” na quantidade em que se encontra e que não oferece massa para uma reação de maior e mais rápida eficácia, como se tem constatado; ou se desejamos encarar o problema do agravamento dos costumes e partir pra cima, a fim de estancá-lo. Assim, entendo que primeiro a decisão: “to be or no to be”. Perguntem a Shakespeare, para ver se ele está ou não de acordo? Alguns irmãos vivem num nhem-nhem-nhem danado, falando que a Ordem não faz nada para debelar a corrupção. Como não faz nada? Os maçons não são corruptos. São exemplos de dignidade nas comunidades em que vivem. Agora, o que essas carpideiras do nhem-nhem-nhem não vêem é que os colibris estão levando a água que podem para apagar o incêndio. Enquanto o incêndio é incomensurável e os colibris são poucos para transportar tanta água ...
Então o que fazer? Outro dia, estive conversando com o pensador social Ferreira de Catuama, e ele me disse umas coisas, em torno das quais tenho me demorado e refletido a seu respeito. Inicia sugerindo que se exija do reclamante o que ele está fazendo de bom em nome da Ordem, para poder adquirir as condições para cobranças.
Em seguida, lembra ele que ninguém gosta daquilo que não conhece. A maçonaria, salvado o cuidado, para que ela não apareça como um fato político de “salvador da pátria”, ela terá que ser intervencionista. Sua missão de reconstrução social está no melhoramento dos costumes, aí não haverá como não influir. Ir lá. Ser visto. Participar da construção sem querer ser a proprietária do edifício. Temos que exigir dos governos que honrem os compromissos, dentro de um comportamento ético-moral. Não só porque a lei obriga, mas sobretudo porque a consciência induz a isto. Feliz será a humanidade, quando a lei, para ser lei, não estiver no livro, mas nos corações.
Conclui Ferreira de Catuama que se torna necessário levar a maçonaria à rua com uma maior quantidade de adeptos, e que os maçons sejam entusiasmados para esta missão, porque este entusiasmo servirá, ao mesmo tempo, para o convencimento da nobreza do que se está fazendo e para, contagiando a comunidade, conduzi-la a cooperar no melhoramento dos costumes. Tudo que é gente sabe disto, desde os tempos em que os “gregos” filosofavam para o mundo. Que o entusiasmo é a força motriz que mais anima, empolga e impulsiona na direção do sucesso. Não sendo justo, como querem alguns “troianos”, atribuir-se a culpa ao divino, em face de ter ele limitado a inteligência e deixado solta a burrice.

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