quinta-feira, 15 de maio de 2014

Resgatando a História
A Loja Maçônica Acácia da Ilha de Itamaracá, tendo a frente o venerável mestre Ricardo Cabral, e os Srs. Pedro Fraga, Milton Petrúcio, Tony Araújo, José Edson e Gilvan Pedro, membros que compõem a referida sociedade. Realizaram uma seção solene, nas ruínas do Engenho São João, para comemorar o dia 13 de maio. Contaram também, com a presença de autoridades do município, nas pessoas do Procurador, Dr. Luiz A. Farias e da Secretária de Educação, Sra. Conceição Mesquita e suas assessoras, marcando presença também, os alunos da rede pública, grupo de escoteiros e outros convidados.
Para os maçons, o dia 13 de maio, tem um significado muito especial. O redator da Lei Áurea, oConselheiro João Alfredo Correia de Oliveira, que além de conselheiro, era abolicionista e maçon. Filho ilustre desconhecido do povo da Ilha de Itamaracá, nascido no dia 12 de dezembro de 1935, na casa grande, sede do Engenho São João, um dos berços da história Pernambucana, que, pelo descaso dos poderes executivos, estadual e federal, encontra-se em ruínas, num estado tão avançado de deterioração, que provavelmente, em breve, parte da história da abolição no Brasil estará condenada ao sepultamento.
Não para por ai. O sepultamento cultural já acontecera na ilha de Itamaracá, haja vista, quando o venerável maçom, após belíssima explanação sobre a Lei Áurea e os seus benefícios, perguntou aos escolares presentes, quem foi João Alfredo? O que ele fez? Onde ele nasceu? Nas inocências infantis, até que tentaram responder por adivinhação, lançando ao éter, as mais inusitadas respostas, ficando bem longe da realidade pretendida, foi vergonhosa, quiçá, vexaminosa a demonstração in-loco da falta de uma política focada na história local, deixando o corpo docente extremamente vulnerável.
Se a cultura já fora sepultada, como é que as ruínas de um sítio histórico resistirão bravamente as “agressões” do tempo, e os descasos públicos.
Será que a Ilha de Itamaracá, um verdadeiro canteiro arqueológico cultural, estará condenada a ser banida da federação, e riscada por definitivo dos mapas, náuticos e geográficos?
Se não houver uma preservação da história, os jovens da ilha, não terão a oportunidade de conhecer a sua própria história. Correremos o grande risco de nos tornarmos um povo sem cultura e, povo sem cultura é povo sem memória.
 
Nilvon Angelo.

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