quinta-feira, 30 de outubro de 2014

BENDITO QUEM SEMEIA LIVRO ...
Irm Antônio do Carmo Ferreira
 
Ontem foi o Dia Nacional do Livro e, a esse respeito, escrevi uma pequena notícia. Já era perto da meia-noite, mas dentro do prazo, portanto com validade.
 
Agora, volto ao assunto, com mais vagar, provocado por dois motivos. Um deles refere-se à Lei Federal nº 12.244 (DOU de 24/05/2010), que obriga “toda escola  pública e particular do País a ter um acervo de livro de, pelo menos, um título por aluno matriculado”  Dispõe ainda que a instalação das bibliotecas tem um prazo de 10 anos para se efetivar. Quer dizer: se exaure em 2020. E que tais bibliotecas devem ser administradas por profissionais habilitados, isto é, bibliotecários, de modo que elas não sejam depósitos de livros, mas um espaço convidativo à leitura, à pesquisa e à construção do conhecimento.
 
Ao tempo em que essa exigência legal era estabelecida, o Brasil não ia tão bem quanto ao quesito bibliotecas, pois “das 152.251 escolas de ensino fundamental, apenas 52.355 tinham biblioteca”. Noutras palavras, não dispunham de espaço para leitura. “Nas unidades de ensino médio, das 25.923 escolas então existentes, um pouquinho mais da metade possuía biblioteca” Tudo danado de ruim. Um ruim que se agravava, ao saber-se que “as bibliotecas municipais brasileiras tinham, em média, 4 funcionários e que 84% deles não possuíam capacitação para a atividade” (DP, 30/05/2010).
 
O outro motivo por que volto a esse assunto, está num registro que faz  o JC, em sua edição de hoje (30/10/2014), em que o leitorccmguerra@41@gmail.com alerta para o estado de conservação em que se encontra uma das bibliotecas públicas de nosso Estado. Parece-me a principal. Escreve assim: “Biblioteca pública abandonada” é o título. E prossegue: “A Biblioteca Pública de PE encontra-se em estado deplorável”. Para se entender o clamor, nem precisa transcrevê-lo todo. Também não fui ver, mas se realmente a situação for essa em síntese anunciada, tal situação não é boa. Ao contrário, uma informação depreciativa para as comemorações do Dia Nacional do Livro. E o “audaz guerreiro”, todos hão de convir comigo,  merece coisa melhor.
 
Os maçons querem muitas bibliotecas, todas elas da melhor qualidade, e que sejam elas, como dissemos acima: um espaço convidativo à leitura, à pesquisa e à construção do conhecimento.  E livros? Ah! Livros “à mancheia, para salvar o futuro, fecundando a multidão”. Pois  será “bendito” quem assim proceder, conforme poetou Castro Alves.
(*) Antônio do Carmo Ferreira é jornalista DRT/PE 5565.
 
PS.: Rogo a permissão de quantos lêem este artigo, para fazer uma referência elogiosa ao Irmão Maçom Valmor Schmoeller que, como Venerável Mestre da Loja Maçônica 24 de Junho nº 25, Oriente de Bezerros/PE, instalou, no dia 21 de outubro de 2012, no prédio em que a Loja funciona, uma biblioteca especializada em assuntos da Ordem, cujo acervo se encontra à disposição do leitor interessado.
 
 
 

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