Dois socos nos olhos da gente
Irm Antônio do Carmo Ferreira(*)
O Diário de Pernambuco traz, em sua edição de hoje (24/10/2014), uma notícia mui preocupante para a maçonaria, enquanto ela se define em permanente combate à ignorância.
Encabeçam o editorial os dizeres de que
“A empresa (Petrobras) saiu das páginas da economia e entrou nas policiais. Megaesquema de corrupção foi-se revelando em etapas até desaguar na Operação Lava-Jato, deflagrada pela Polícia Federal em 17 de março deste ano. Ao aceitar acordo de delação premiada, Paulo Roberto Costa abriu a caixa de Pandora. De lá saíram cenas picantes, que vão além dos maus negócios, como a perda de refinarias na Bolívia e a compra de Pasadena nos Estados Unidos. O ex-diretor da estatal (Petrobrás) contou pormenores do megaesquema de desvio de dinheiro para pagar propina a políticos do PT, do PMDB e do PP.”
Maior preocupação é que a Petrobras, (pensemos nós), gerencia os negócios da exploração do Pré-Sal, cujos resultados, em parte, serão carreados para o custeio da educação pública, incluindo-se nos 10% do PIB destinados pela Lei 13005/2014 que põe em vigor o PNE. Todos hão de convir comigo que ama sangria como a que se reporta o editor do Diário, não pode deixar de causar uma intensa preocupação, sobretudo (e disso bem o sabemos) quando a qualidade da educação pública brasileira está no ponto de mediocridade em que ora se encontra.
Só para avivar a memória, transcrevo parte do editorial do Diário de Pernambuco, de 9 de setembro deste ano, sob o título IDEB NÃO NEGA, a saber:
“Divulgados na sexta-feira (5/Set), os números do índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) descortinam panorama preocupante. [ ... ] Nos anos finais (5º ao 9º) e no ensino médio, revela-se o pior dos mundos: estacionamos ou andamos para trás. Em 2013, manteve-se a nota média do último exame (2011) – 3,7, numa escala de 0 a 10. É o mais embaraçoso resultado de todos os tempos. Pela primeira vez, desde que o Ideb foi criado (2005), não se observam avanços.”
A maçonaria é uma escola de conhecimentos voltados para o combate à ignorância. Significando dizer que não lhe é permitido omitir-se, sob pena de deixar de ser o que deve ser. O maçom é seu agente. Um construtor de amanhãs, tempos em que viverão nossos filhos e netos. Domingo é dia de prova no concurso dessa construção. Vale uma reflexão, antes de ir às urnas. Ou os olhos não doeram com os dois socos que nos deram?
(*) Antônio do Carmo Ferreira é jornalista DRT/PE 5565
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