segunda-feira, 19 de janeiro de 2015

C.L.M. –
tatuagem que mais se aviva com o passar dos tempos
Irm Antônio do Carmo Ferreira
 

Só era o que se falava: “O maçom não gosta de ler”. “O maçom não disponibiliza tempo para leitura.” O professor Assis Carvalho já não agüentava mais de tanto ouvir aquela litania. Nem eu, nem ninguém. Um dizia. Outro falava. Kurt Prober escrevia. E aquela falação ia todinha cair nos ouvidos do professor. Quando a gente se encontrava, em Recife ou em Londrina, em Porto Alegre ou São Luís, o assunto estava na mesa.
Mas será que o maçom não gostava mesmo de ler ou não teria sido despertado para a necessidade da leitura? Eu me questionava. Assis Carvalho se indagava. Porque eu gostava de ler. Assis gostava de ler. Incontáveis maçons que a gente conhecia gostavam de ler. Interrogávamos: seriam exceções?
Daí saiu uma decisão: estimular a leitura. Não somente alertando para a necessidade de o maçom ler, mas também favorecendo-o com trilhas de acesso à leitura, e a produção de livros escritos por maçonólogos respeitáveis, não achistas nem invencionistas, e impressos de uso não cansativo.
As missões foram repartidas. A ABIM – Associação Brasileira da Imprensa Maçônica – trabalharia a necessidade da leitura, levando os editores a abrirem espaço nos jornais associados à divulgação, durante bastante tempo, sempre enfatizando o papel da leitura e sua indispensabilidade  na formação do maçom contemporâneo.
E o professor Assis Carvalho assumiria a produção e distribuição dos livros, selecionando autores e assuntos, como também abriria mão, a princípio, de qualquer lucro, imprimindo as obras a custo de fatores.
Nascia o Círculo do Livro Maçônico – C.L.M.
Hoje, não se fala mais de que o maçom não gosta de ler. O C.L.M. foi um estímulo a que muitos adquirissem o hábito da leitura, o que se constata nas incontáveis edições de livros, um título em cada mês, gerando inclusive um setor especializado em que várias gráficas e editoras têm surgido e prosperado ao longo dos anos.
Outro registro de grande significado quanto ao despertar para leitura no campo da Maçonaria, está no surgimento de novas revistas. Muitas e ótimas.
O Círculo do Livro Maçônico que a Editora Maçônica A Trolha vem tocando pra frente, sem pensar em lucro financeiro, é uma linda tatuagem no corpo da Ordem que mais se aviva com o passar dos tempos. Vamos ler, pois a leitura nos faz bem!
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