NA
EDUCAÇÃO: UM SIM E MUITOS NÃOS
Irm
Antônio do Carmo Ferreira
Fecha-se o ano
de 2014, realçando um ganho muito positivo no campo da educação. Reporto-me à
sanção da Lei 13.005, no mês de junho, que põe em vigência o Plano Nacional de
Educação no período que se estende até 2024. Mas com este feito não se exaure a
campanha que se encetou no País em favor da melhoria da qualidade do ensino. Ao
contrário, devem aumentar os decibéis
dos gritos para manter vivo o movimento, agora ainda mais e com maior
exigência, porque foram estabelecidos os caminhos a palmilhar. Não só os rumos, mas
também os tempos e as condições do empreender.
Veja-se por
exemplo e de cuidado imediato o dispositivo que trata da obrigação dos Estados
e dos Municípios quanto à elaboração de seus planos de educação, com base nos
quais o tesouro federal se abrirá. São metas que precisam ser bem definidas,
com tempo certo de colimação, em função dos quais os recursos serão liberados.
Não se deve brincar com isto. Nem se consentirem paliativos. Nem ceder em
puxadinhos. Pois que veredas assim e concessões que tais é que têm possibilitado
e facilitado a chegada à corrupção.
O pessoal
docente há de ser considerado. O professor é o principal agente do ensino. Ele
antecede o aluno e a escola. Quando o aluno sai em busca do saber, encontrará o
professor já preparado para isto. E o conhecimento não é um maná mosaico que
cai do céu ao alvorecer. O Mestre haverá
de ser suprido com os meios, não somente para o seu preparo, mas também para
dar uma vida digna a seus dependentes. Os exames vestibulares aos cursos de
formação para o magistério têm tornado evidente essa realidade: o aviltamento
da profissão docente. A cada ano diminui a quantidade de vestibulandos na área.
O Governo deverá
ser convidado a não se omitir. Ou ficar em palavras. Ou querer continuar
iludindo que “vai fazer”. Ou querer transferir responsabilidades. O professor,
o nosso professor tem sido um profissional herói. Mais que isto. Apesar de toda
a incompreensão e ausência de apoio, está aí o professor Jayse Antônio – laureado
em concurso nacional como o melhor de 2014 no ensino médio em TODO O BRASIL. É
um jovem mestre cheio de amor por sua profissão que a exerce ali – em
Itambé/PE, que por uma feliz coincidência é o mesmo Itambé, portal por onde a
Maçonaria ingressou no Brasil.
Todavia não é só
o Governo que deve ser responsabilizado. O assunto educação é grande demais
para somente ele ser evocado. A FAMÍLIA não pode ficar de lado. Ser esquecida.
Aliás o Art 205 da CF expressa que a educação é um direito de todos, mas a
responsabilidade é do Governo e da Família. É preciso acordar a Família para
essa obrigação. As Escolas públicas, uma em
Mato Grosso e outra em Quixaba/PE chegaram ao podium da qualificação,
exaltando a presença da família, como estímulo a seus acertos na administração
e na condução pedagógica.
É preciso ver
que o PNE não trata somente da transmissão do conhecimento, mas inclui o
chamamento à pesquisa para a formação desse conhecimento. Melhor que importar a
tecnologia é produzi-la aqui, dentro de nossas fronteiras. A Universidade terá
que ser o laboratório do setor secundário. A indústria confiante na escola
superior, de onde surgirão seus novos modelos, decorrentes da pesquisa
incentivada. A inteligência está disponível, falta-lhe o chamamento. Se você
não planta floreiras ao entorno de sua casa, as borboletas vão adejar noutros
jardins.
Quando o próximo
governo federal for montar a sua grade gerencial referente à educação é bom
fazer antes uma visita a Pernambuco, porque o ensino médio nesse Estado melhorou muito nos
dois últimos anos, subindo da 16ª para o 4ª colocação no Ideb (Índice de Desenvolvimento da Educação
Básica). Também é daqui o Relator do projeto de lei de responsabilidade
educacional, em tramitação na Câmara, e sem a qual o PNE será apenas uma carta
de intenção.
Torna-se óbvio,
pois, que o Brasil poderá vir a ser uma “pátria educadora” se a função educação
se tornar prioritária. A não ser desta forma, os que só anunciam e inventam
slogans ficarão com o SIM, e a educação, para maior frustração nossa,
continuará com os NÃOS.
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