ACIMA, tem por objetivo promover o bem estar da pátria e da humanidade, promovendo e apoiando ações sociais.
sexta-feira, 19 de setembro de 2014
terça-feira, 16 de setembro de 2014
Amados Irmãos!
Sexta-feira, dia 19 de setembro, 20 horas, Sede do GOIPE:
O Sapiente Irmão Presidente da AMALER, M.'.I.'. Carlos Frederico, convoca os imortais acadêmicos do quadro do sodalício para reunirem-se no mês, dia, hora e local mencionados à epígrafe.
Ordem do Dia:
* Posse de novos acadêmicos
* show musical dos imortais Renaldo Tenório e Jonas Filho
* Palestra do Doutor Caesar Sobreira, ex-presidente da AMALER e Venerável Mestre da Loja Maçônica HERMES.
quarta-feira, 10 de setembro de 2014
LBV participa de mutirão de saúde e cidadania promovido pela Confederação Maçônica do Brasil
Autor: Vânia Besse
01/09/2014
Recife, PE — Na última semana, a Legião da Boa Vontade (LBV) participou de um mutirão de saúde e cidadania, promovido pela Grande Oriente Independente de Pernambuco, filiado à Confederação Maçônica do Brasil. Sob o lema Trabalhamos por uma sociedade mais justa e um mundo mais perfeito, o evento contou com o apoio de empresas, entidades e organizações públicas, atendendo famílias que residem nos bairros Coelhos, Coque e Joana Bezerra.
Diversos serviços médicos foram oferecidos, tais como: exames de oftalmologia e oncologia, cardiologia pediátrica, ultrassonografia, aferição de pressão arterial e teste de glicemia. Além dos atendimentos na área de saúde, o mutirão também ofereceu serviços jurídicos. Um dos atendimentos mais procurados foi o de expedição da carteira de identidade e de trabalho.
A ação contou com o apoio dos seguintes parceiros: Secretaria de Defesa Social de Pernambuco; Procon/PE, Lacen/PE, Lafepe, ATMO, Hospital Memorial, Diagmax, Ónkos, Círculo do Coração, Memorial Oftalmo, Hospital Especial Domiciliar, Hemato, ONG Afeto, APAF, ONG Be-a-Byte, Instituto Cristina Tavares e Fasup.
Feliz com o sucesso do evento, o ministro de Projetos Especiais da Grande Oriente Independente de Pernambuco, sr. Guttenberg Senna, comentou: “Buscamos o apoio da LBV para atender uma comunidade que não conhecíamos. A parceria foi maravilhosa, superou as nossas expectativas e o número de pessoas atendidas”.
Senna declarou ainda que já observava o trabalho da LBV. “Acompanhava as ações da LBV pela internet e na mídia. A LBV está de parabéns pelo trabalho que desenvolve de empregabilidade e de assistência da criança ao idoso”, conta. Em agradecimento à participação na iniciativa, a Ordem entregou à Legião da Boa Vontade o Diploma do Mérito Maçônico, recebido pela representante da Entidade no município, sra. Keyla Menezes.
Em Recife, PE, o Centro Comunitário de Assistência Social, da Legião da Boa Vontade, está localizado na Rua dos Coelhos, 219 — próximo ao Cais José Mariano. Para outras informações, ligue: (81) 3413-8600.
http://www.lbv.org/node/21051/lbv-participa-de-mutirao-de-saude-e-cidadania-promovido-pela-confedera%C3%A7ao-ma%C3%A7onica-do-brasil
Caríssimos IIr.´.
Ao longo de sua história, a
Maçonaria, não aquela das lendas e tradições românticas, de tempos imemoriais,
das guildas de ofício que pretendiam manter uma reserva intelectual de mercado,
mas sim a Maçonaria como Instituição, fruto de um momento social iluminista
originada ao longo do final do século 17 e início do 18, sempre enfrentou
oposição do chamado "mundo profano", principalmente por seu caráter
sigiloso, reservado, secreto até.
Nestes quase 300 anos de
existência oficial a ser completada em 2017, a Maçonaria se deparou com fortes
movimentos que pretenderam controlá-la e até mesmo suprimi-la, com a eliminação
de suas estruturas, a prisão e mesmo a condenação à morte de seus integrantes.
Desde a emissão da Bula In EminentiApostolatusSpecula, por parte do papa
Clemente XII, em 28 de abril de 1738, uma das primeiras tentativas de sua
supressão, até os fortes ataques sofridos ao longo do século 20 por nações
totalitárias, de caráter fascista, mesmo assim a Maçonaria sempre representou
ao mesmo tempo um farol de conquistas sociais de Liberdade e Igualdade entre os
Homens e uma ameaça aqueles que pretendiam a perpetuação de um status quo
baseado no controle do Estado e da Sociedade por poucos, uma elite perversa que
visava ao controle do conhecimento, aos meios de produção, às liberdades
individuais.
Nestes últimos 300 anos, em suas
fileiras, a Maçonaria abrigou líderes políticos, libertadores, intelectuais,
filósofos, cientistas e artistas: de Saint-Martin e Washington; de Voltaire a
Franklin; de Mozart e Puccini a Montaigne e Fleming. A Maçonaria sofreu e
sobreviveu, sempre permanecendo imune aos ataques externos e internos à sua
estrutura globalizada, em uma época em que o termo ainda nem sequer havia sido
cunhado.
Nestes 300 anos, lutou-se pela
Liberdade social, pelo acesso universal à instrução, pelo direito de acesso aos
meios de produção, pela liberdade política, pela defesa dos Estados laicos e
pela comunhão entre os povos. Lutou-se pelo fim do Absolutismo; pelo fim da
Escravidão; pela eliminação das oligarquias na sociedade; pela eliminação do
totalitarismo de Hitler, de Mussolini e de Franco, exemplos de Estados onde a
Maçonaria foi perseguida e praticamente eliminada, com a morte de
aproximadamente 400.000 maçons em campos de extermínio, conforme os registros
oficiais apontam; lutou-se pelo fim da Ditadura do Proletariado nas quatro
décadas após o término da Segunda Guerra Mundial e tem se lutado ainda pela
supressão das injustiças sociais e econômicas.
Agora nestas primeiras décadas do
século 21, a Maçonaria, de uma maneira geral, enfrenta um inimigo maior que
todos aqueles que já a confrontaram: a indiferença. A indiferença por parte de
seus integrantes de que não há mais batalhas a serem vencidas; a indiferença e
a acomodação por parte de seus integrantes de que as grandes causas se resumem
a encontros sociais e a discursos vazios desassociados da realidade prática de
um mundo em transformação, um mundo que exige respostas rápidas para questões
cada vez mais complexas; a indiferença por parte de seus integrantes com
relação aos equívocos internos e à luta insana por um poder sem poder algum; a
indiferença diante de grupos que simplesmente se esquecem dos compromissos
assumidos no instante de suas iniciações.
Portanto, o maior inimigo da
Maçonaria não está somente no crescimento de movimentos antimaçônicos, no
crescimento de teorias de conspirações, nos ataques de grupos extremistas que
tem se infiltrado dentro da Ordem, com o intuito de se valer da “proteção” de
seus templos para fins menores e escusos. O maior inimigo da Maçonaria está na
constituição, internamente, em nossas fileiras, de grupos de interesses
particulares, na construção de uma oligarquia, de um governo de poucos, por si
só perverso, com pretensões de se perpetuar no poder da Instituição, transformando-se
numa autocracia ou mesmo numa plutocracia. O que se tem visto de uma forma
generalizada é que os interesses maiores, os interesses sociais e culturais de
grande parte da sociedade profana e maçônica, foram deixados de lado, em troca
de uma política feita para se garantir regalias efêmeras e reuniões festivas
sem significados maiores.
Mas quais desafios a Maçonaria deve vencer?
Antes de qualquer ação concreta,
antes de se voltar à sociedade profana, a Maçonaria deve se re-inventar, não no
sentido de se criar um novo padrão de atuação, mas sim de se retornar aos
princípios defendidos e elaborados por aqueles que “inventaram” a Instituição;
uma reformulação da “ética maçônica” com vias ao re-exame dos hábitos dos
maçons e do seu caráter em geral, de modo a se evitar o desmoronamento dos
pilares de sustentação da Instituição; um re-exame das reais necessidades da
Maçonaria, principalmente com relação àqueles que pretendem ocupar a liderança
e a representação de nossa Ordem, guindando-se aos seus maiores postos, não só
o mais carismático, mas também aquele que seja mais preparado do ponto de vista
ético, intelectual e moral.
Necessitamos de um novo padrão de
comportamento, não o comportamento vigente, voltado para a auto-promoção e a
perpetuação de privilégios, mas sim um novo padrão para se vencer os desafios
referentes à construção de uma sociedade profana baseada nos princípios
fundamentais defendidos pela Ordem, ou seja a formação de Homens preparados
para a diminuição das diferenças existentes entre as classes, não somente sob a
ótica econômica, mas também do ponto de vista cultural e educacional.
O que devemos ter em mente e
plenamente consciente que a Maçonaria é a Instituição onde o mundo deve se
espelhar e não o contrário. Que os exemplos de valorização do Homem, da
História e da Cultura que sempre foram os grandes pilares da Maçonaria iluminem
o mundo de trevas profano a partir de nossas fileiras e não o oposto, pois não
podemos permitir que as trevas desse mesmo mundo obscureçam as Colunas de nossa
Instituição.
Devemos ser vaidosos não por
aquilo que pretendemos ser, mas sim, orgulhosos por toda ação e comportamento
que nos identifiquem e reconheçam como Homens preparados para transformar o
Mundo.
Fraternalmente,
Fábio Cyrino, M.I. 33° REAA -
Harmonia e Concórdia 3522
Oriente de São Paulo (SP) -
Grande Oriente do Brasil/ GOSP
Folha Maçônica Nº 469, 6 de
setembro de 2014
segunda-feira, 8 de setembro de 2014
ssim como várias irmãs em todo País, Pernambuco deu seu exemplo de cidadania e amor à Pátria, com os nossos Bethéis que não ficaram de fora dos desfiles cívicos.
Mesmo com tanta chuva em algumas cidades, as filhas não se sentiram intimidades e desfilaram lindamente juntamente com os DeMolays e Maçons.
Também na cidade de Caruaru as Filhas de Jó do Bethel #03 Caruaru e do Bethel Jurisdicional também marcaram presença desfilando:
Os Bethéis #06 e #07 também desfilaram na cidade de Araripina e Petrolina
:
Mesmo com tanta chuva em algumas cidades, as filhas não se sentiram intimidades e desfilaram lindamente juntamente com os DeMolays e Maçons.
![]() |
Bethéis #01, e #05 Recife e HR do BJ/PE |
![]() |
Filhas de Jó, DeMolays e Maçons |
![]() |
Bethel #03 Caruaru |
Os Bethéis #06 e #07 também desfilaram na cidade de Araripina e Petrolina
![]() |
Bethel #06 Araripina |
![]() |
Bethel #06 Araripina |
![]() |
Bethel #07 Petrolina |
sexta-feira, 5 de setembro de 2014
O Grão-Mestre do GOIPE esteve ontem à tarde toda no Colégio Divino Mestre, fazendo palestra sobre a contribuição da maçonaria de Pernambuco para com a Independência do Brasil.
Todo o auditório preenchido com Professores e alunos do curso médio.
Além da especial assessoria do Grão-Mestre, com destaque para os irmãos José Américo Soares, Jailson Santana, Cel Guarines (Candidato a Deputado Estadual), Leonardo Moura, Waldemir Antunes, Agrônomo José Antônio e Junior Secretário da Tradição
Escocesa.
Os maçons do GOIPE foram recebidos de forma carinhosa. Alunos e Professores ouviram a palestra do Grão-Mestre, ao término da qual houve um "pinga-fogo" esclarecendo e ampliando vários pontos do assunto exposto e dissertado.
A Diretoria do Colégio Divino Mestre ofereceu uma saborosa merenda aos maçons visitantes.
Como os maçons do GOIPE têm conhecimento, temos recebido estudantes nas Sessões Magnas do GOIPE e nas datas magnas. Agora, fomos ao Colégio, ampliando assim a maneira de mostrar à comunidade o que é a maçonaria e a sua contribuição para "a felicidade das pessoas". A juventude dos colégios precisa saber e conhecer o que "os escribas venais" omitiram da história, ao escrevê-la, tentando não colocar na memória de nossa gente, o que a maçonaria de Pernambuco fez para que existisse a Pátria/Brasil.
Vejamos o texto do que foi dito aos estudantes do Colégio Divino Mestre:
Irm ACF
A INFLUÊNCIA DA MAÇONARIA
NA INDEPENDÊNCIA DO BRASIL
Irm Antônio do Carmo Ferreira
“... eu estou aqui, vivendo este momento lindo” RC
Estamos nos aceiros das comemorações do “Dia da Pátria” – 7 de Setembro.
O mui respeitável mestre maçom José Américo Soares, Diretor da Escola Superior de Filosofia Maçônica “Arruda Câmara”, atendendo a convite da Direção deste Colégio “Divino Mestre”, escalou-me para comparecer a este Encontro e, na oportunidade, falar a respeito da “influência da maçonaria na Independência do Brasil”.
Repasso aos Senhores Diretores e Professores deste educandário, bem como a seus alunos aqui presentes, o sentimento de alta consideração com que se viu cumulado o Grande Oriente Independente de Pernambuco – GOIPE, perante esta convocação de seu Grão-Mestre, para participar deste Encontro e se pronunciar sobre o tema estabelecido.
Os registros de que dispomos a respeito da Independência foram inseridos na História do Brasil, a partir de uma produção elaborada no Rio de Janeiro (1).
E saíram aos modos do enfoque daquela porção do Brasil, querendo passar a idéia de que nossa emancipação política teria sido um presente da dinastia Bragança, por iniciativa própria gestada na magnanimidade de seu representante, tudo sem qualquer pretensão dos brasileiros nem, por isto, oferecido qualquer sacrifício de algum deles.
Farsa esta que, decerto e ao curso do tempo decorrido, foi revelando os vários crimes que nessa omissão proposital tiveram origem.
A América inglesa já independente e o mesmo trato sendo dado à América espanhola inspiravam sobretudo os nativos da América portuguesa a buscarem os mesmos caminhos.
Os anseios de se construir uma pátria para os brasileiros mais se acentuavam à medida que se tomava consciência da humilhação e do descaso com que o colonizador tratava o povo colonizado.
Brasileiro, por exemplo, era o ladrão de pau brasil que o vendia na Europa. Reinol era a pessoa que há mais de 250 anos extorquia as riquezas da colônia. Mazombos eram os que aqui haviam nascido.
Ao término do terceiro século após o descobrimento, ainda era proibido ter-se na colônia uma simples e rudimentar tipografia (2).
A população daqui, desprovida das possibilidades de demandar a Europa, não era totalmente ignorante, porque a caridade dos jesuítas havia acudido alguns nativos com a luz das primeiras letras.
Só os que tivessem freqüentado escola na Corte obtinham emprego público entre nós.
Mas, naquele tempo, os Estados Unidos já contavam com 8 Universidades e a América espanhola desfrutava de universidades no México, em Lima, Bogotá, Córdoba, Caracas, Quito e Santiago. (3)
O movimento nativista no sentido de se construir uma pátria para os brasileiros foi a reação. E não poderia ser diferente.
No inverno de 1796, a maçonaria ingressou no Brasil para ajudar na consecução desse objetivo: ser nação.
O Areópago de Itambé foi o portal de acesso e, como tal, o berço da maçonaria brasileira. Manuel Arruda da Câmara, seu fundador, ex-frade carmelita de Goiana (frei Manuel do Coração de Jesus), formado médico e iniciado na maçonaria em Montpelier, foi seu primeiro Venerável Mestre.
O Areópago se propunha a doutrinar o povo para a grande obra de nossa emancipação política e, dentro das possibilidades de então, alcançou o objetivo (4).
Não havia partidos políticos organizados naqueles tempos e a maçonaria, a seu modo com as limitações que lhe eram peculiares, cobria essas funções (5).
A “conspirata de suassuna”, de 1801, deu prova disto. Por aquele intermédio, propunha-se a tornar a colônia independente sob as bênçãos de Napoleão Bonaparte.
A família dos Cavalcanti de Albuquerque, senhores do engenho Suassuna, foram responsabilizados pela liderança do movimento, presos e seus bens disponibilizados em favor da Coroa.
Salvou-a da devassa a Igreja, em que, para lograr êxito, gastou rios de dinheiro, corrompendo o escrivão representante de Sua Majestade.
Para muitos dos historiadores, a “conspirata de suassuna” teria marcado o início robusto da revolução demandante de nossa maioridade política.(6)
Seus líderes são os mesmos que figuram no quadro de integrantes do Areópago de Itambé, o qual cerrava suas portas, ao mesmo tempo em que a “conspirata” era denunciada.
Seus quadros formaram a Academia de Suassuna, que funcionava na sede do engenho de mesmo nome, sob o Veneralato do Cel Francisco de Paula Cavalcanti de Albuquerque, que tempos depois veio a ser o Visconde de Suassuna, e a Academia do Paraíso, que funcionou no Hospital de mesmo nome, onde hoje passa a Avenida Dantas Barreto, e dela foi Venerável o Padre João Ribeiro.
As duas Academias não eram senão Lojas maçônicas que então funcionavam com esses títulos de academia, para não serem flagradas como Lojas Maçônicas.
O Frei Caneca foi iniciado na Academia de Suassuna (7) e o Mons Muniz Tavares, na Loja Academia do Paraíso, da qual foi secretário.(8)
Em 1814, Pernambuco contava com uma Grande Loja Provincial(9) – Potência Maçônica precursora no País – constituída por cinco Lojas (10): a saber: a Loja Maçônica Pernambuco do Oriente do Venerável Domingos José Martins; a Loja Maçônica Pernambuco do Ocidente do Venerável Antônio Gonçalves Cruz (o Cabugá): a Loja Maçônica do Venerável Antônio Carlos de Andrada (conhecido como Academia Ambulante): e as duas Lojas Academias de Suassuna e do Paraíso.
Domingos José Martins era natural do Espírito Santo e foi iniciado na maçonaria, na Inglaterra, por intermédio do Grão-Mestre Hipólito José da Costa, fundador e editor do Correio Braziliense que, de Londres, era remetido ao Brasil e fomentava o movimento da Independência.
Os maçons desejavam seguir a linha adotada na emancipação da colônia inglesa e das colônias espanholas, na América, isto é, a opção não era monarquia e, sim, república.
Em 1710 já se pensava assim, daí em 10 de novembro daquele ano, em Olinda, o primeiro grito de república nas Américas, a prisão de Bernardo Vieira de Melo e sua morte nos calabouços de Limoeiro, nas cercanias de Lisboa.
A revolução republicana de construção de uma pátria para os brasileiros eclodiria no dia 6 de abril de 1817, em toda a colônia, data em que se daria a coroação do Rei. Mas a prisão do militar Domingos Teotônio Jorge, aqui no Recife, antecipou a deflagração da Revolução para 6 de março.(11)
Vitoriosa a Revolução, implantou-se a República, com constituição, ministérios, universidade, abolição da escravatura, liberdade religiosa e de imprensa.
O Presidente da República – Domingos José Martins - e seus Ministros eram maçons, excetuando o titular da agricultura – Manoel Correia, o qual somente veio a ser maçom tempos depois.
A Revolução durou 75 dias e se exauriu com a brutal repressão da dinastia Bragança, que mandou matar quase toda uma geração formada na Europa e no Seminário de Olinda, remetendo os poucos sobreviventes para os calabouços de Salvador, onde e de cuja desgraça se alegrava o Conde d´Arcos.
Pernambuco sofria a primeira mutilação de seu território, perdendo as férteis planícies das Alagoas. Todavia, o que não esperavam os Braganças, é que se tornava irreversível a Independência do Brasil, graças à liderança maçônica pernambucana, com e sem batina.(12)
Porquanto os ânimos não arrefeciam. O objetivo teria que ser alcançado, pois a maçonaria, de então, viera para o fomento da construção de uma pátria para os brasileiros.
Não era como a maçonaria de hoje: que favorece a atuação numa linha mais filantrópica.
Era uma maçonaria totalmente política. E ninguém ingressava em seus quadros, sem o juramento de que iria trabalhar em favor de nossa Independência (13).
Parecendo até que o sangue derramado em Pernambuco escorreu pelo Atlântico e tingiu a Guanabara ... Em 9 de janeiro de 1822, o capitão-mor José Joaquim da Rocha, maçom da Loja Comércio e Artes, de Niterói, e presidente do Clube da Resistência, em companhia de outros proeminentes maçons fluminenses, convencem D.Pedro a decidir em favor de sua permanência no Brasil.
E diante da pressão que sofria da Corte, para que retornasse imediatamente a Lisboa, assina a decisão e anuncia ao povo: “Eu FICO” entre vós. Eram os últimos instantes da tenebrosa noite da colonização.(14)
No mês de maio de 1822, José Bonifácio de Andrade e Silva ingressa na maçonaria. E no mês de julho, dia 13, é a vez de Dom Pedro ser iniciado na Ordem.
No dia 02 de agosto de 1822, o Príncipe Regente foi eleito Grão-Mestre da Maçonaria, em Sessão presidida por Joaquim Gonçalves Ledo que integrava a Loja Maçônica Comércio e Artes e o Clube da Resistência.
No dia 20 de agosto, em reunião maçônica presidida por Gonçalves Ledo, segundo consta, decidiu-se pela proclamação iminente da Independência.
O que veio a acontecer, em São Paulo, às margens do Ipiranga, no dia 7 de Setembro, “raiando, enfim, a liberdade no horizonte do Brasil”, “vendo-se contente a mãe gentil”, em face do “grito” de um seu filho: o Grão-Mestre da Maçonaria, que em dezembro seguinte era coroado Imperador, dentro de uma inesquecível cerimônia elaborada pelos maçons.
A história de nossa Independência, escrita a partir do Rio de Janeiro, foi omissa, deixando de creditar a maçonaria pela contribuição decisiva para que a emancipação política acontecesse (15).
Os maçons têm lutado pela inserção destes créditos, pois isto é a verdade e é a memória. Mesmo porque “a vida não é a que a gente viveu, mas a dos feitos que não se esquecem” (16).
Registro, com satisfação, que algo já se tem conseguido no campo das inserções, porém muito ainda não foi consignado. Então a exigência permanece.
E quando a denuncia é feita perante um fórum da qualificação deste, povoado de jovens, conscientes de seu papel de construtores dos amanhãs de nosso Brasil, o denunciante se emociona, como eu, agora, “quando estou aqui”, com os Senhores, “vivendo este momento lindo”.
Muito obrigado.
______________
(1) Evaldo Cabral de Melo, em “A outra Independência”, pág 11, Editora 34 Ltda, São Paulo.
(2) Xico Trolha, em “Itambé, Berço Heroico da Maçonaria no Brasil”, pág 120, Editora Maçônica A Trolha Ltda, Londrina/PR.
(3) Amaro Quintas, em “A Revolução de 1817”, págs 115 e 116, José Olímpio editora, Rio de Janeiro.
(4) Mário Melo, em “A Maçonaria e a Revolução Republicana de 1817” pags 8 e 9, Imprensa industrial I. Nery da Fonseca, Recife/PE.
(5) Laurentino Gomes, em “1822”, pág 238, Editora Nova Fronteira, Rio de Janeiro.
(6) Evaldo Cabral de Melo, em obra citada, pág 25.
Mário Melo, obra citada, págs 13 e 14.
Padre Joaquim Dias Martins, em “Os mártires pernambucanos”, verbete Rebelo, Frei Joaquim do Amor Divino Caneca.
(7) Mario Melo, em “A maçonaria no Brasil”, pag 10, tipografia J.Agostinho Bezerra, Recife/PE
(8) Mario Melo, obra citada, pág 13
(9) Mario Melo, obra citada, pag 14
(10) Flávio Guerra, em “História de Pernambuco”, pag 89, Editora ASA Pernambuco, Recife/PE.
(11) Amaro Quintas, obra citada, pag 94
(12) Muniz Tavares, em “História da Revolução de Pernambuco de 1817”, com anotações do historiador Oliveira Lima, edição do Governo do Estado de Pernambuco , Recife/PE em 1969.
“A Revolução de Pernambuco em 1817, bem que mui pouco durasse, fará sempre época nos anais do Brasil. Tempo virá em que seis de março, no qual ela foi efetuada, será para todos os brasileiros um dia de festa nacional.
“Pernambuco já se tinha assaz ilustrado na sanguinolenta luta, que por longo decurso de anos, desprovido de meios, abandonado a si só, valorosamente sustentara contra uma das mais poderosas nações marítimas da Europa, defendendo a sua honra, o seu território, a despeito das reiteradas ordens do tímido Bragança.
“Com a Revolução indicada conquistou imprescritível direito à veneração dos amigos sinceros da liberdade. Estes não poderão esquecer jamais que foi esta província quem primeiro deu o sinal ao Brasil de ter chegado o momento tão suspirado de entrar no gozo dos bens imensos, que a cobiça portuguesa por espaço de três séculos extorquia. Foi ela quem lhe apresentou a grande Carta de emancipação civil e política, e mostrou com o exemplo a maneira de possuí-la.
“Desgraçadamente não foi seguida, sucumbiu, mas não pereceu o germe plantado e regado com o sangue dos seus mártires. Em tempo oportuno frutificou, e não deixará de crescer com vigor.”
(13) Mario Melo, em “”A Maçonaria no Brasil”, inserto no livro Maçônico do Centenário, pags 197 e 198., apud A Tenório d´Albuquerque, em “A Maçonaria e a Independência do Brasil”, pag 137, Editora Aurora, Rio/RJ
(14) A Tenório d´Albuquerque, em obra citada, págs 82, 83, 105, onde transcreve textos dos historiadores Assis Cintra, Salomão de Vasconcelos e Afonso de Taunay, nos quais inclusive denunciam José Bonifácio como contrário à Independência.
(15) Gonçalo Mello Mourão, em “A Revolução de 1817 e a História do Brasil”, Editora Itatiaia Ltda, Belo Horizonte/MG.
“A Revolução de 1817 criou o Brasil a nível internacional como entidade independente e com começa a história diplomática brasileira.
“A cobertura que o Times dá ao acontecimento da Revolução de 1817 em Pernambuco é excepcional; maior do que a que daria, cinco anos mais tarde, à própria Independência do Brasil, e deixa patente a magnitude da repercussão daquele levante.”
Antônio do Carmo Ferreira, em “O Areópago de Itambé”, Editora Maçônica A Trolha Ltda, Londrina/PR.
(16) Gabriel Garcia Marques, vide Antônio do Carmo Ferreira, em “Educação e Maçonaria”, pag 123, Editora Maçônica A Trolha Ltda, Londrina/PR.
Assinar:
Postagens (Atom)
Movimento internacional de conscientização para o controle do câncer de mama , o Outubro Rosa foi criado no início da década de 1990 pela...

-
CONVIDAMOS TODOS OS MAÇONS E AMIGOS PARA O EVENTO CÍVICO/HISTÓRICO E TURÍSTICO NO PRÓXIMO DIA 10 DE JULHO , DATA MAGNA DA ILHA DE ITAMARA...
-
A Igreja de São José de Botas localiza-se na cidade de Tamandaré, município de mesmo nome, em Pernambuco, no Brasil. Erguida em homenagem ...
-
O Grande Oriente Independente de Pernambuco esteve nesta quarta feira dia 21 n o Fórum da Diversidade Religiosa em Pernambuco, promovi...