ACIMA - Ação Cívica Maçônica

ACIMA, tem por objetivo promover o bem estar da pátria e da humanidade, promovendo e apoiando ações sociais.

quarta-feira, 31 de julho de 2013

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às julho 31, 2013
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terça-feira, 30 de julho de 2013

Perdoem-nos

Feliz daquele que pode todas as noites adormecer dizendo: nada tenho contra o meu próximo. Considero sagrada e merecedora de respeito todas as crenças. Na verdade, as pessoas com religiosidade conseguem viver mais, porque uma de suas características é perdoar. Não importa qual seja a religião.

A Maçonaria nos ensina que o perdão é estado de ânimo em que se encontra alguém ao ser perdoado. O pecado, na Religião, é um agravo de Deus, e o perdão consiste em não se considerar Deus agravado.

Estar com a mente sã e sem mágoas é uma ótima receita de prevenção. Perdoar é um bálsamo para o espírito e para a saúde. Cultivar ressentimentos tende a se tornar um processo mórbido, pois fixa as pessoas num determinado ponto do tempo ou da vida, que limita horizontes e fecha possibilidades.

Perdoar significa, sob alguns aspectos, encerrar uma história marcada pela dor e libertar-se para que a vida possa seguir por caminhos mais promissores. Remoer o que já aconteceu e viver em função disso atravanca a mente e as possibilidades de ser feliz.

Na oportunidade, não podemos esquecer as lições de nossa própria história e de pedir ao Grande Arquiteto do Universo que nos perdoe e nos absolva pelas ofensas que lhe fizemos. Todos brigam, pai com filho, mãe com pai, irmão com irmão, mas quando descobrem que o perdão tem gosto de infinito ou gosto de céu, tudo é retornar à paz.
Perdoe-nos por termos ingressado na Ordem, possuir Diplomas e insígnias para sermos Maçons e termos tido todas as oportunidades para construir o “Nosso Templo” e tal fato não ocorreu. E, apesar das oportunidades de estudos e termos galgado os mais altos graus, não absorvemos os seus ensinamentos;

Perdoe-nos por termos feito comentários desairosos, promovendo a discórdia entre irmãos e contra administração de nossa Loja, tendo sido indiferentes e buscando apenas distração, ironizando aquilo que não pudemos conceber;

Por termos costumeiramente colocado a mão vazia no tronco da beneficência, por achar que o óbolo não seria bem usado, faltando assim, aos princípios da Caridade de nossa Instituição, esquecendo-nos que existem irmãos e tantos seres humanos necessitando de amparo material que podemos dar;

Pelas reuniões inócuas, resultando apenas num convívio social sem outros compromissos, se não um encontro entre amigos, como se fosse clubes recreativos, não produzindo frutos qual é nosso papel de construtores de uma sociedade sem discrepâncias sociais;

Pela vaidade e pela falta de saldar nossos compromissos com a tesouraria e de assiduidade às reuniões, só aparecendo na Loja em dias de festa;

Por considerarmos sagradas somente nossas próprias crenças desprezando a santidade do credo alheio;
Por deixarmos nosso idealismo descambar em fanatismo;

Por agirmos com insensibilidade aos sentimentos dos outros, fazendo o que não gostaríamos que fizessem conosco;

Por esquecermos as lições da nossa própria história e a dor que sentíamos quando outros nos ridicularizavam, desacreditando naquilo em que acreditávamos, porque não alcançamos aquilo que nossos próprios merecimentos negam;

Por não termos despido de nós as roupagens da vaidade, da soberba, da arrogância, da presunção e da prepotência, como também da inveja, da ira, do rancor, da mágoa, do ódio e do ressentimento, que nos envenenam, matando-nos devagar, tornando-nos verdadeiros suicidas;

Pela falta de coragem de olharmos bem para dentro de nós, como juízes severos e justos, para vermos claros os nossos defeitos e então podermos eliminá-los por meio do exercício de boas qualidades que abriram para nós as portas da Maçonaria;
or não termos desempenhado com seriedade as tarefas que na realidade nos competem e com as quais estamos como necessários, ajudando este mundo a ficar melhor;

Por não procurarmos o nosso próprio aperfeiçoamento e assim melhor servir a Maçonaria como realmente ela de nós espera;

Por termos mostrado descontentamento por não serem nossas idéias aceitas, ou de algum modo não nos terem notado;

Por não termos visitado e nem assistido os nossos irmãos e seus familiares necessitados nas suas tribulações, nos seus lares, nos hospitais e até mesmo na sua passagem para o oriente eterno;

Perdoe-nos, por não havermos perdoado do íntimo do nosso coração como gostaríamos de sermos perdoados pelo nosso irmão;

Por não termos feito o bem que podíamos e assim violamos o mandamento de nosso Livro da Lei - “amarás o próximo como a ti mesmo”;

Por colocar pedras no caminho e nos omitirmos no apoio do empenho do irmão que tem interesse por reconciliação, empregando a crítica negativa onde poderíamos tê-la usado na reconstrução ou reconciliação;

Por termos a consciência de que a sociedade em que vivemos está longe do desejável e mantermo-nos passivos e acomodados, nada fazendo para construção de uma humanidade mais justa e feliz;

Por aceitarmos esses falsos administradores de nosso País e achar que tudo está perfeito, e por nos tornarmos passivos e concordatários com tudo o que está se passando, como se nada estivesse acontecendo;

Por imaginarmos que precisamos dos órgãos físicos depois de mortos, recusando-nos a doá-los em compromisso para que alguém viva;

Por irmãos profanos do mundo inteiro, pelas graves ofensas que lhes fizeram alguns maçons;

Por nos esquecermos de perdoar, não sete, mas setenta vezes sete, àqueles que nos ofenderam; Pois até o direito de errar é sagrado, desde que o indivíduo assuma as conseqüências do que foi praticado. Por isso sempre que oramos o Pai Nosso, pedimos a Deus que perdoe a nossos ofensores como perdoamos a quem nos tem ofendido.

Por isso, ó Grande Arquiteto do Universo, Deus de misericórdia, perdoe-nos por ainda não conhecermos as bênçãos do Perdão, pois como dizia São Francisco de Assis, é perdoando que se é perdoado. Portanto, meus irmãos, perdoem sempre e terás muito mais vida e felicidade.


Naur Soares de Araújo
Obreiro da ARLS Independência n° 119 – Or.•. São Paulo

Baseado na crônica do Ir.•. Valdemar Sansão
às julho 30, 2013
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segunda-feira, 29 de julho de 2013

Amados Irmãos!

O Grão-Mestre visitará:

Dia 29 de julho - Loja Tradição Escocesa

Dia 30 de julho - Loja Academia do Paraíso

Dia 31 de julho - Conselho Criptico

Dia 1º de agosto - Loja Arautos do Progresso

Dia 02 de agosto - Loja Nova Roma

Dia 03 de agosto - Loja Segredo e Verdade.

Que tudo nos UNA.

Irm ACF
às julho 29, 2013
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CTTU apoia a ACIMA 2013


às julho 29, 2013
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    Já se encontra formatado o projeto "MAÇONARIA NA ESCOLA", parceria da Aug.'. e Resp.'. Loja
Simb.'. Templários do Vale do São Francisco-52 - GOIPE e a Escola Municipal Rubem Amorim.
   
OBJETIVOS DO PROJETO:
 
  • Geral: Incentivar a educação.
  • Específico:
    1. Premiar os alunos que se destaquem quando o desempenho escolar e disciplinar.
    2. Promover junto a Escola Municipal Rubem Amorim Araújo Educação Ambiental, Educação de Trânsito, Educação Moral e Cívica aos Alunos.
    3. Desenvolver atividades que promovam o Bem Estar e Saúde dos Alunos.
    4. Aproximar a maçonaria da comunidade.
 
    O referido projeto será lançado,na primeira semana de Agosto, em ocasião específica, momento festivo, contará com presença, de representantes das
lojas co-irmãs, de autoridades da área da educação, representantes do Legislativo e do Executivo Municipal e a imprensa local.
 
"Oh, quão bom e suave viverem unidos os Irmãos"
                                                       Salmos 133
 
Calby de Carvalho Cruz

às julho 29, 2013
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Amados Irmãos!
 
Peço-vos o maior apoio para dois eventos
cuja realização está bem próxima.
 
1) BAILE dos 40 anos
Dia 10 de agosto, em Recife. Coordenação do Ir Valderlan Galindo, Venerável Mestre da Loja Constância.
 
2) ACIMA - Ação Cívico-Maçônica. Dia 24 de agosto, em Recife. Coordenação do Ir Guttenberg Senna, Ministro de Projetos Especiais.
 
Irm ACF
às julho 29, 2013
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Amados Irmãos!

O Grão-Mestre assinou, ontem, Tratado de Mútuo Reconhecimento com o Grande Oriente Paulista.
Essa Potência Maçônica, 2ª maior da COMAB, integra a CMI e tem Tratado de Reconhecimento com uma das maiores Grandes Lojas Maçônicas dos Estados Unidos da América.
A assinatura do Tratado pelos Grão-Mestres Jurandir Vasconcelos e Antônio do Carmo foi o ponto alto da reunião da Diretoria da COMAB e sela uma "aliança fraternal" que vem de 1993, quando o Grão-Mestre José Mattos Silva foi Vice-Presidente da Confederação, na gestão presidida pelo GM ACF.

Ut omnes unum sint. Pois é, a unidade na diversidade ou que todos sejam um só 
(Jo 17, 21)

Ir Antônio do Carmo Ferreira
Grão-Mestre do GOIPE
às julho 29, 2013
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LUTEM, LUTEM, LUTEM, LUTEM!!!
 
ESSE VÍRUS, DEPOIS DE INSTALADO, NÃO TEM MAIS JEITO!!!
 
ITAMARACÁ AGONIZA HÁ DÉCADAS, APESAR DE UMA AÇÃO CIVIL PÚBLICA (ARQUITETADA DENTRO DA ARLS ACÁCIA DE ITAMARACÁ) - QUE DETERMINOU O FECHAMENTO DAS 3 UNIDADES PRISIONAIS - POIS O ESTADO QUER "VAGAS PARA PRESOS". E, AÍ, TRAZEM JUNTO UMA LEGIÃO DE FAMILIARES E COMPARSAS...
 
VÃO "LIMPAR" O LITORAL SUL E JOGAR O RESTO PARA O NORTE...... (COMO OCORRE COM A NOSSA ILHA).
 
ITAMARACÁ, AGORA, ESTÁ PIOR: APESAR DO DISCIPLINAMENTO DA PAI/SJ (DECORRENTE DA AÇÃO), AGORA NOSSO MUNICÍPIO RECEBE CENTENAS DE DEPENDENTES DE DROGAS, EM INSTALAÇÕES TOSCAS, SEM QUALQUER DISCIPLINAMENTO; OS "COITADINHOS" FICAM PERAMBULANDO PELAS RUAS, PEDINDO "APOIO", ROUBANDO, TRAFICANDO E ESTUPRANDO... (TODOS DE FORA DO MUNICÍPIO!!).
 
 
 
VM.'. RICARDO CABRAL.'.
9972.9248 - 8649.4480 
 
ADVOGADO E PATRONO DA AÇÃO CIVIL PÚBLICA PARA RETIRADA DOS PRESÍDIOS DE ITAMARACÁ 
às julho 29, 2013
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sexta-feira, 26 de julho de 2013

Amados Irmãos!

Peço-vos o maior apoio para dois eventos
cuja realização está bem próxima.

1) BAILE dos 40 anos
Dia 10 de agosto, em Recife. Coordenação do Ir Valderlan Galindo, Venerável Mestre da Loja Constância. 

2) ACIMA - Ação Cívico-Maçônica. Dia 24 de agosto, em Recife. Coordenação do Ir Guttenberg Senna, Ministro de Projetos Especiais.

Irm ACF
às julho 26, 2013
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quinta-feira, 25 de julho de 2013

Lojas do GOIPE

106 de Março de 1817 Nº 68
210 de Novembro de 1710 Nº 38
313 de Maio de 1888 Nº 42
420 de Abril Nº 28
524 de Junho Nº 25
624 de Maio Nº 24
725 de Dezembro Nº 13
831 de Maio Nº 58
9Abreu e Lima Nº 43
10Acácia de Itamaracá Nº 55
11Acácia do Agreste Nº 29
12Acácia do Moxotó Nº 31
13Acácia Pernambucana Nº 20
14Academia de Suassuna Carpinense Nº 67
15Academia de Suassuna Nº 50
16Academia do Paraíso Nº 47
17Adelson Silva Chagas Nº 54
18Alpha Centauri Nº 44
19Arautos do Progresso Nº 30
20Areópago de Itambé Nº 17
21Arquitetos da Paz Nº 27
22Barão do Rio Branco Nº 03
23Caridade e Justiça Nº 33
24Constância Nº 40
25Defensores da Lei Nº 01
26Elevação da Loja Constanância 40
27Emílio Xavier Sobreira de Mello Nº 73
28Esplendor do Pajeú Nº 56
29Estrela do Oriente Nº 62
30Fênix Nº 70
31Fraternidade Paulistense Nº 38
32Futura Nº 49
33Guatimozin Nº 57
34Heróis de 1817 Nº 60
35João XXIII Nº 37
36Joaquim Gonçalves Ledo Nº 23
37Joaquim Nabuco Nº 34
38Luiz Gonzaga Nº 48
39Luzeiro do Oriente Nº 04
40Marquês do Herval Nº 72
41Mensageiros da Luz Nº 51
42Monte dos Guararapes Nº 64
43Monteiro Lobato Nº 71
44Nova Roma Nº 66
45Novo Tempo Nº 41
46Obreiros do Norte Nº 07
47Planeta Vida Nº 59
48Redenção do Oriente Nº 09
49Redenção Pernambucana Nº 35
50Segredo e Amor da Ordem Nº 69
51Segredo e Verdade VI Nº 53
52Templários do Vale do São Francisco Nº 52
53Trabalho e Firmeza Nº 02
54Tradição Escocesa Nº 32
55União e Participação Nº 12
56União Fraterna Nº 21
57União, Paz e Amor Nº 36
58Unidos de Nazaré Nº 61
59Vale do Ipojuca Nº 45
60Ven José Vila-Nova Nº 46
61Ven. Stelio Marinho Falcão Nº 65
 
às julho 25, 2013
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Amados Irmãos!

O Grão-Mestre Antônio do Carmo visitará

a Loja Arautos do Progresso nesta data (25.07.2013)
e
a Loja Tradição Escocesa no dia 29.07.2013)

Que tudo nos Una.
às julho 25, 2013
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terça-feira, 23 de julho de 2013

Amados Irmãos!

O Grão-Mestre estará sexta-feira em São Paulo (Capital), participando de reunião da Diretoria da COMAB, que inclui assuntos de urgente atenção sobre a educação pública no Brasil.

Irm ACF
às julho 23, 2013
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segunda-feira, 15 de julho de 2013

Amados Irmãos!

O Grão-Mestre foi recepcionado, ontem, pelas Lojas Triplice Aliança, 25 de Dezembro, Adelson Silva Chagas e 24 de junho, reunidas ao Oriente de Caruaru.

Pauta:
1)Instalação dos Irmãos Antonio Francisco de Oliveira (Loja Triplice Aliança, Rito York)
e Osvaldo Ferreira de Brito (Loja 25 de Dezembro, Rito EAA).

2)Reunião com os Delegados: Carlos Umberto Gomes (Afogados da Ingazeira), Abel Vieira Belo (Caruaru), Arnaldo Melo Almeida (Gravatá) e Cleto Ferreira Gomes (Recife).

Acompanharam o Grão-Mestre os Irmãos Antônio Cristóvão dos Santos (Ministério); Cleto Ferreira Gomes (Supremo Conselho); Donato Alves de Souza (TJM); o Deputado Jorge (PALM) e Luiz Florentino (Gabinete).

Participação de maçons do GOB/PE, Grande Loja/CMSB e COMAB.

Sessão Magna Pública e Ágape: cerca de 200 pessoas: maçons, filhas de jó, Demolays, Familiares dos maçons e representantes da Comunidade (com destaque para um grande número de professores).

Irm ACF
às julho 15, 2013
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sexta-feira, 12 de julho de 2013

“Opinião pública é o que as pessoas acreditam que as outras pessoas pensam.”
(Autor: Alfred Austin)
às julho 12, 2013
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POSICIONAMENTO DA MAÇONARIA PERANTE O POVO BRASILEIRO
Representando mais de 126 mil Maçons filiados às 2.765 Lojas das 27 Grandes Lojas Maçônicas de todas as Unidades Federativas do Brasil, a CONFEDERAÇÃO DA MAÇONARIA SIMBÓLICA DO BRASIL – CMSB, em sua XLII Assembleia Geral Ordinária, realizada de 5 a 9 de julho de 2013, na cidade de Campo Grande – MS, consoante as Declarações de Princípios que norteiam a Maçonaria Universal, CONSIDERANDO - os alertas e clamores constantes das proclamações que têm sido reiteradamente divulgadas à Nação como resultado de suas Assembleias Gerais Ordinárias anuais, no mais das vezes ignoradas pelos que representam o poder do estado no Brasil; - as mobilizações e campanhas que têm sido empreendidas pela Maçonaria em todo o território nacional “Pela Ética na Política”, “Pela Moralidade no Trato da Coisa Pública” e “Contra a Corrupção e a Impunidade”, e - as recentes manifestações de indignação que têm levado milhares de brasileiros às ruas e praças de nossas cidades, externando claro desacordo com relação ao desempenho e comportamento daqueles que deveriam trabalhar pela causa do povo e que, particularmente no que tange à classe política, não honram o contrato social que lhes concede tamanha autoridade, POSICIONA-SE perante a Nação Brasileira nos seguintes termos para:
EXIGIR
1) imediata Reforma Política que culmine com a implementação de
- extinção de foro privilegiado para autoridades públicas e parlamentares; - eleições únicas a cada quatro anos; - extinção do cargo de suplente de Senador;
- adoção do voto distrital;
- proibição que parlamentares ocupem cargos no Poder Executivo e
- redução do poder arrecadatório do governo federal com o fortalecimento das receitas dos municípios.
2) imprescindíveis ações na área da Saúde Pública que conduzam: - à aprovação da PEC 29/2011, de modo que, no mínimo, 10% das receitas correntes da União passem a ser destinadas, exclusivamente, à saúde e - à adequação da infraestrutura e ao melhoramento da formação e da remuneração dos profissionais de saúde.
3) o cumprimento do preceito constitucional destinado a assegurar que a Educação seja tratada como Política de Estado, pública, gratuita e de qualidade em todos os níveis, com a devida e necessária valorização dos profissionais a ela dedicados.
4) a rápida reformulação e adequação da Legislação Penal para restabelecer a credibilidade da Segurança Pública e, inclusive, para neutralizar o crescente sentimento de impunidade
EXORTAR
1) cada brasileiro a se envolver, proativamente, nestas questões, repelindo a violência, exercendo direitos e cumprindo deveres constitucionais, atentando para tudo o que está acontecendo e rechaçando aqueles que não derem atenção a esses clamores que visam, apenas, a conquista de um país mais justo e igualitário e
2) todos os Maçons Brasileiros para que não se omitam e participem, efetivamente, deste decisivo momento de legítimo exercício de cidadania, cumprindo sua função de verdadeiro Construtor Social.
Que Deus, o Grande Arquiteto do Universo, ilumine e proteja o Povo Brasileiro e que a Paz e a Concórdia sejam nossas fieis companheiras! Campo Grande, Mato Grosso do Sul, 9 de julho de 2013.
JORDÃO ABREU DA SILVA JÚNIOR
Grão-Mestre da Grande Loja Maçônica do Estado de Mato Grosso do Sul e Presidente da XLII Assembleia Geral Ordinária da CMSB

às julho 12, 2013
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quarta-feira, 10 de julho de 2013

Corrupção




às julho 10, 2013
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Agenda do GM - GOIPE

Amados Irmãos!

Dia 12 de julho - Em Sanharó - 19 horas

A Loja Vale do Ipojuca presta homenagem 
aos que mais se distinguiram no fazimento 
do progresso local.

Dia 14 de julho - Em Caruaru - 9 horas

Instalação e posse nas Lojas 25 de Dezembro
e Tríplica Aliança.

Dia 17 de julho - Em Recife - 19 horas

Ordenação de Sacerdotes Cavaleiros, para 
o Tabernáculo Nordeste - Maçonaria de YORK
da Inglaterra.

Dia 18 de julho - Em Recife 

a) 10 horas - Lançamento do selo comemorativo dos 
40 anos do GOIPE. Presença da Direção dos
Correios - No Palácio Maçônico da Rua da Aurora;

b) 19 horas - Posse dos Deputados junto à PALM

c) 20 horas - Posse dos Grão-Mestres do GOIPE.


Dia 26 de julho - Em São Paulo

Nova reunião da Diretoria da COMAB
Análise da situação política brasileira.
Apreciação do PNE 2

Que tudo nos UNA.

Irm ACF
às julho 10, 2013
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Nova Direção



A Loja Maçônica Academia do Paraíso tem novo Venerável, nosso Irmão Luiz Carlos Lukar, tomou posse na noite de ontem no templo nobre do Palácio Maçônico do GOIPE.



às julho 10, 2013
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terça-feira, 9 de julho de 2013

Selo Comemorativo

Amados Irmãos!

Dia 18 de julho, às 10 horas (da manhã), cerimônia de lançamento do selo alusivo aos 40 anos do GOIPE.
Local: Palácio maçônico da Rua da AURORA, 277, em Recife.Loja Segredo e Amor da Ordem.
Presença da direção dos Correios.
Coordenação do projeto: Irmão MI Reginaldo Bastos.
O GM convida todos os irmãos e familiares. 
Os maçons que comparecerem deverão estar paramentados.

Que tudo nos UNA.

Irm ACF
__._,_.___
às julho 09, 2013
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Kit

às julho 09, 2013
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sábado, 6 de julho de 2013

Momentos de despertar

Momentos de despertar
Irm Antônio do Carmo Ferreira
 
 

Preocupa-me demais, e  muito me incomoda, a situação em que se encontra a educação pública no Brasil. Entendo que não preocupa somente a mim, pelo que tenho  constatado no convívio com as lideranças de vários segmentos da sociedade e, ultimamente, diante do que tenho lido na mídia ao divulgar manifestações populares conhecidas como “a voz das ruas”.

Uma das instituições mais preocupadas de que tenho tido notícia é a Maçonaria, que tomo por exemplo. E essa Ordem não esconde sua indignação, seja em Encontros Nacionais, seja em Assembléias de seus Grão-Mestres e de outras autoridades relevantes, não só criticando o descaso com que se trata o assunto, mas também contribuindo com sugestões para a melhoria da qualidade da educação pública.

Sem a educação pública de qualidade e ao alcance de todos, não dá para se pensar em progresso do Brasil, em futuro promissor, nem em bem estar. Pois, três anos atrás, pesquisa internacional (PISA) avaliou  que o jovem brasileiro (peças fundamentais do amanhã) não sabia ler, e fraquejava diante de rudimentos de aritmética e de ciência. Para os muitos, continua esse estado de coisa: somente poucos ultrapassando essa barreira, sobretudo os que estudam em escola particular, para os quais se torna mais fácil o acesso ao curso superior da Universidade Pública.

Recentemente, o Governo anunciou que iria dar maior assistência ao setor de saúde, trazendo médicos do exterior. Houve uma grita danada. Contra. Mas  não houve ainda um alarme contra a importação de  especialistas para atender noutras áreas. Pois os melhores empregos nos  pólos de desenvolvimento estão sendo preenchidos por mão-de-obra que vem de fora, e os nossos jovens, sem a posse do conhecimento, ficam a serviço do vício e da miséria.

Haverá violência maior que esta de manter analfabeta a juventude e desestimulada a vocação para o magistério, aviltada a sua remuneração e desprestigiado o professor? “A educação é um direito de todos”, assim reza a Constituição Federal (Art.205) que, no mesmo dispositivo sujeita  o Estado e a família a tornarem esse direito uma realidade, com vistas a tornar a pessoa apta ao exercício da cidadania e do trabalho.

Retorno à preocupação, dado que é através do Plano Nacional de Educação, de período decenal, que se estabelecem as metas e os meios para os rumos da educação pública. É só uma visitinha ao artigo 214 da CF que se vê a obrigação do Estado em fazer isto. Mas que está acontecendo? O silêncio opaco. E no silêncio opaco, nada acontece.  O PNE 2 esteve na Câmara dos Deputados de novembro de 2010 a agosto de 2012, quando seguiu para o Senado, e lá se encontra até os dias de hoje. E tome anúncio de importação de mão-de-obra qualificada!

Então como vem sendo adminis-trada a educação pública do Brasil, sem a lei do PNE exigida pela CF em seu artigo 214, nesse vácuo de 3 anos e meio? Só a educação de qualidade e de todos garante o futuro promissor. Não seriam crimes o descaso com a educação e o desrespeito  à Constituição? O certo é que com um puxadinho pra cá e uma gambiarra para lá, “eles” vão concretizando o sonho de nos transformar numa manada de búfalos, com todas as porteiras abertas à corrupção.

Brasil, tenho, para vós,  um recadinho do apóstolo Paulo: “Não vedes que já é tempo de despertar?” (Rom 13, 11).
às julho 06, 2013
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sexta-feira, 5 de julho de 2013

verdade

às julho 05, 2013
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Palavas soltas

  Ii um trecho de uma fábula muito interessante, não me lembro do autor, infelizmente. Resumindo, dizia: "a serpente tentava comer(ingerir mesmo!) o vagalume, que um dia, intrigado, indagou: "... que mal te fiz? não faço parte da tua cadeia alimentar, por que queres me comer?
 
              - É que tu brilhas, preciso acabar com o teu brilho!
 
              Nós somos assim. O ser humano, não importa a religião, seita, credo, doutrina, é "acima de tudo" um fraco! "A carne é fraca" e o egoísmo é forte!
 
               É preciso ser puro, mas "não basta, pois, ter as aparências da pureza, é preciso antes de tudo ter a pureza do coração." Quem consegue?
 
               É preciso não se deixar conduzir por cegos!  Cegos de caráter, de honestidade, de moral: " Se um cego conduz um outro, ambos caem no fosso..." Isso é antigo, Matheusinho já deitou falação(Matheus, cap.XV, v. de 01 a 20).
               Continuamos caminhando pelas veredas da incerteza, da angústia, da dor... Continuamos nos esquecendo do próximo que está muito distante do coração e próximo da vaidade...
 
               A vaidade tem até Grau!
               Também tem cargos sem encargos!
 
               A brisa está soprando e as palavras saem soltas... Isso é que é perigoso!
               Palavras soltas... Haja interpretação...
 
               Levando em consideração que "... não é o que entra na boca que enlameia o homem, mas o que sai da boca do homem," o melhor que eu faço é aproveitar as comemorações joaninas, vou é comer minha canjica...
 
               (In Crônicas justas e imperfeitas - Luiz Vilarins - no prelo. Membro da ARLS Defensores da Lei,ARLS Academia do Paraíso - Supremo Conselho - AMALER - União Brasileira de Escritores- Professor de Lígua Portuguesa e Literatura Brasileira, coordenador de Códigos e Línguagens do Instituto Federal de Educação Ciência e Tecnologia - IFE PE - A vaidade realmente tem Grau!)
às julho 05, 2013
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Convite

CONVIDAMOS TODOS OS MAÇONS E AMIGOS PARA O EVENTO CÍVICO/HISTÓRICO E TURÍSTICO NO PRÓXIMO DIA 10 DE JULHO, DATA MAGNA DA ILHA DE ITAMARACÁ.
 
EM 10.07.1817 ERA ENFORCADO UM DOS HERÓIS DA NOSSA INDEPÊNCIA,O PADRE DA VILHA VELHA (ITAMARACÁ), O MAÇOM PEDRO DE SOUZA TENÓRIO, CUJA HISTÓRIA FOI RESGATADA PELA LOJA MAÇÔNICA ACÁCIA DE ITAMARACÁ.
 
 
PRESENÇA DE AUTORIDADES, ESCOTEIROS, MAÇONS E MUITOS VISITANTES, COM A SEGUINTE PROGRAMAÇÃO:
 
08:00 HS - ENCONTRO/SAÍDA NA TRILHA DOS HOLANDESES, NA CASA DO PADRE TENÓRIO;
09:00 HS - CERIMONIAL DAS BANDEIRAS/HINOS, A CARGO DOS ESCOTEIROS;
09:30 HS - HOMENAGENS AO HERÓI (PADRE TENÓRIO), PELOS MAÇONS;
10:00 HS - EVENTOS CULTURAIS;
11:00 HS - ATO RELIGIOSO  
 
 
 
V.'.M.'. RICARDO CABRAL
 
 
INFORMAÇÕES: 9495.0009 (PEPITO)
             9972.9248 - 8649.4480 (RICARDO CABRAL)
             9112.6252 (VICTOR)        
 
 
às julho 05, 2013
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quinta-feira, 4 de julho de 2013

Instalação

Amados Irmãos!

Foram instalados ontem os seguintes mestres maçons eleitos para o cargo de Venerável Mestre:

Cícero José de Oliveira - Loja Fraternidade Paulistense
Edvan Vieira de França Paz - Loja V S Marinho Falcão
Géber Romano Accioly - Loja 13 de Maio de 1888
Gerson Gomes Ferraz Filho - Loja Planeta Vida
José Evaldo da Silva - Areópago de Itambé
Lúcio Mauro Porto Paiva - Loja J Gonçalves Ledo
Luiz Carlos Dias - Loja Academia do Paraíso
Marcos André Marques Cavalcanti - Academia de Suassuna
Waldemir Antunes da Silva - Loja Redenção Pernambucana
Wilson de Barros Santos - Loja União e Participação

Ut omnes unum sint

Irm ACF
__._,_.___
às julho 04, 2013
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quarta-feira, 3 de julho de 2013

Vaidade



Ir∴ Edmir Japiassu, M∴I∴

Dedicado em Memória Ao
 Ir ∴ Severino Pereira, ARLS Cavaleiros Templários 7 Nº.3842.

         “E o pó volte à Terra, como o era, e o espírito volte a Deus, que o deu. Vaidade de Vaidade, diz o pregador, tudo é vaidade”(Eclesiastes - Cap∴12, VV 7e8).
O Livro da Lei, ou as sagradas Escrituras trazem em média 58 versículos onde encontramos referências a palavra vaidade, dependendo da versão com a qual estamos trabalhando, a saber: II Reis(1); Jó(4); Salmos(8); Provérbios(1); Eclesiastes(26); Isaías(3); Jeremias(6); Ezequiel(4); Oséias(2); Zacarias(1); Romanos(1); II Pedro(1).
O Eclesiastes é um livro do Antigo Testamento, sendo o segundo dos livros Sapienciais e atribuído a Salomão. Eclésia em grego significa “assembléia do povo” e, em nossos dias “Igreja”.
Nos dicionários, a palavra vaidade é definida como "qualidade do que é vão, instável, inútil, desejo imoderado de atrair a admiração dos outros, vanglória, presunção, ostentação, fatuidade, coisa vã, futilidade". A vaidade é o composto da transformação das pessoas para pior. Ela distancia os seres, maltrata os corações, polui as mentes e deteriora relações e sentimentos.
Vaidade é a qualidade do que é vão, vazio, firmado sobre aparência ilusória. A vaidade, sentimento que esvazia e dispersa. Interessante é o modo como procede, criadora do absurdo e do irreal aos olhos alheios.
A sociedade capitalista só reconhece que o sujeito atingiu o ápice do sucesso quando acumulou conhecimento, poder e, sobretudo, dinheiro. Se acrescentar a isso um corpo esbelto e “olhos claros”, o exemplo fica completo. Ser inteligente, bonito, poderoso e rico é o kit básico do projeto de ascensão social. A partir daí, conforme a permissão, a vaidade toma conta em maior ou menor escala.
A saúde espiritual, que deveria servir de combustível para impulsionar a vida, fica delegada ao segundo plano. O apego em demasia à matéria vai nos afastando dos cuidados mínimos e necessários com o Eu interior. Por egoísmo e ambição, acabamos criando empecilhos para uma vida saudável, solidária, fraterna, com paz, amor e justiça. Não só para "os nossos mais chegados", mas principalmente para aqueles que vivem excluídos, sem vez e voz. As ações impensadas e as reações inesperadas são praticadas fora do contexto da nossa real vontade.
 Como resultado, ferimos pessoas que amamos ou gostamos com uma força muito maior do que um tiro desferido de uma arma. Só depois, lembramos que possuímos dois ouvidos para ouvir, dois olhos para ver e uma boca para falar.
A vida no plano terreno é tão curta, que não podemos nos dar ao luxo de perder tempo com picuinhas e armações desnecessárias.
O termo vaidade traduz uma palavra hebraica que significa vapor que se dissipa no ar. Estas palavras refletem um estágio singular da fé: aquilo em que se crê na existência e no juízo de Deus, na vida além da morte.
         A vaidade está sempre fundada na crença de que somos o objeto de atenção e de aprovação. O rico se glorifica em sua riqueza porque acredita que ela naturalmente atrai para ele a atenção do mundo, e que a humanidade está disposta a acompanhá-lo em todas aquelas emoções agradáveis que as vantagens de sua situação tão prontamente lhe inspiram. Quando ele pensa nisso, seu coração parece crescer e dilatar-se dentro de seu corpo, e ele aprecia a sua riqueza mais por esse motivo do que por todas as outras vantagens que ela possibilita. O pobre, ao contrário, tem vergonha de sua pobreza. Ou ele sente que a pobreza o coloca fora da atenção da humanidade ou que, se esta lhe dá um mínimo de atenção, não tem, entretanto, quase nenhum sentimento solidário para com a miséria e a provação de que ele padece.
         Dessa forma, é a vaidade, mais que tudo, que exemplifica o controle do comportamento do agente por desejos sub-racionais.
         No fundo, todo indivíduo deseja ser estimado, ou seja, assegurar para si os bons sentimentos e a disposição favorável daqueles que o rodeiam. Os homens são vaidosos, mas não gostam de ser considerados – nem mesmo de imaginar-se a si próprios – como tais.

A vaidade em David Hume
         Ao longo de sua obra, David Hume (1711-1776), filósofo Escocês faz diversas referências à vaidade. Em uma delas, Hume afirma que há duas seitas fundadas em diferentes sentimentos com respeito à natureza humana. Uma delas exalta a nossa dignidade, representando o homem como uma espécie de semideus, que deriva sua origem dos céus. A outra seita enfatiza o lado obscuro da natureza humana e nada pode descobrir além da vaidade, através da qual o homem ultrapassa os outros animais, pelos quais ele afeta um grande desprezo. O autor que possui talento retórico geralmente adere à primeira destas seitas. O autor que tende à ironia e ao ridículo, naturalmente adere à segunda destas seitas.
         Hume está longe de pensar que aqueles que depreciam a natureza humana sejam inimigos da virtude. Na verdade, eles vêem o curso das ações humanas com demasiada indignação justamente porque possuem um delicado senso moral, especialmente quando associado a um temperamento mal-humorado, que lhes dá desgosto pelo mundo. Mas os  sentimentos daqueles que tendem a pensar favoravelmente a natureza humana são mais vantajosos à virtude. Com efeito, se o ser humano possui uma noção elevada de si próprio e de sua espécie, ele naturalmente procurará agir de acordo com esta noção, desprezando qualquer ação que o faça afundar para baixo da nobreza de sua auto-imagem.
         De qualquer modo, Hume pensa que a disputa ligada à dignidade ou mesquinhez da natureza humana se baseia em alguma ambigüidade nas expressões usadas. Daí a utilidade de avaliar o que é real e o que é puramente verbal nesta controvérsia.
         Hume pensa que, quando estamos fixando um termo que envolva aprovação ou censura, estamos geralmente sendo influenciados mais por uma comparação feita do que por algum padrão inalterável que pertença à natureza das coisas. Assim, a receita de Hume para analisar qualquer disputa é sempre considerar se é uma questão de comparação ou não que constitui o assunto da controvérsia. E, se a resposta for positiva, torna-se muito importante verificar se os disputantes estão lidando com as mesmas coisas ou se falam de realidades completamente diversas.
         Ao formar nossa noção de natureza humana, fazemos uma comparação entre o ser humano e os animais. Tal comparação, quando colocada nestes termos, é favorável à espécie humana, o que leva à formação de uma noção exaltada de nós mesmos.
         A maneira mais eficiente de destruir esta conclusão é fazer uma nova e secreta comparação entre o ser humano e seres que possuam a sabedoria mais perfeita. O ser humano pode formar uma idéia de perfeição muito além daquilo que ele experimenta em si mesmo. Ao fazer isto, ele vê que está infinitamente longe de possuir a sabedoria perfeita e que nem mesmo a sua superioridade para com os animais é capaz de compensar este fato.
         Podemos ainda comparar um ser humano com outro, descobrindo assim que são muito poucos aqueles que podemos chamar de sábios ou virtuosos. Isto, porém, constitui uma falácia, pois, ao invés de atribuir sabedoria às pessoas em gradações suaves, acabamos por considerar virtuosas ou sábias somente aquelas pessoas que possuem tais qualidades em elevadíssimo grau. Deste modo, dizer que há poucos sábios no mundo é uma redundância, pois nós os consideramos sábios justamente porque são poucos. É o mesmo que dizer que há poucas mulheres realmente belas, quando, para dizer que são tais estamos lhes atribuindo uma beleza que só é comum a poucas.
         Estas considerações levam Hume a concluir que o debate em torno da dignidade ou mesquinhez da natureza humana é acima de tudo uma disputa de palavras. Deste modo, quando alguém nega a sinceridade de todo o espírito público ou afeição a um país e comunidade, a ponto pensar que toda amizade envolve amor próprio, ele está abusando das palavras e confundindo as coisas. Seria impossível alguém ser tão egoísta ou tão estúpido para não diferençar entre um homem e outro, deixando de levar em conta as qualidades deles que fossem capazes de motivar a sua aprovação e estima. Ou este alguém esqueceu os movimentos de seu coração ou está usando uma linguagem diferente daquela de seus compatriotas. O amor próprio possui uma influência benéfica sobre a maior parte das ações humanas e é altamente recomendável para todos nós.
         Deste modo, duas coisas desorientaram os filósofos que insistiram no egoísmo humano. Primeiramente, descobriram que todo ato de virtude ou amizade envolvia um prazer secreto. Daí concluíram que a amizade e a virtude não poderiam ser desinteressadas. A falácia aqui é óbvia: o sentimento virtuoso produz o prazer, mas não surge a partir dele. Sinto prazer ao fazer bem a meu amigo porque o amo, mas não o amo por causa daquele prazer. Em segundo lugar, os virtuosos não são indiferentes ao elogio e foram por isto considerados pessoas vaidosas que só buscam o aplauso dos outros. Mas esta constitui outra falácia: é muito injusto depreciar uma ação louvável só porque nela encontramos uma tintura de vaidade.
         A vaidade é uma paixão especial. Amar a fama de ações louváveis chega muito próximo do amor pelas ações louváveis por elas mesmas. A vaidade está tão de perto associada à virtude que estas paixões são mais capazes de mistura do que qualquer outro tipo de afeição. É quase impossível ter uma sem ter a outra. Amar a glória de ações virtuosas é uma prova segura do amor pela virtude.
         Na mesma linha de raciocínio, Hume afirma, nas Investigações sobre os Princípios da Moral, que o desejo de fama está tão longe de ser censurável a ponto de parecer inseparável da virtude, do gênio, da capacidade e duma disposição nobre. Daí sua definição de vaidade como a exibição de nossas qualidades numa exigência tão inoportuna de elogio e admiração que se torna ofensiva a outras pessoas e ultrapassa de longe a vaidade secreta que elas próprias possuem. Nesta perspectiva, a vaidade não surge nem como amor próprio nem como base da moralidade. Esta última envolve um sentimento comum a todos os homens, a saber, um sentimento de humanidade que se distingue das outras paixões. Enquanto estas últimas possuem um caráter particular, o primeiro depende de um ponto de vista universal. Assim, quando digo que fulano é meu inimigo, estou adotando a linguagem do amor próprio, baseada num ponto de vista particular. Quando, porém, digo que fulano é depravado, estou adotando a linguagem moral, baseada num princípio universal.
         As considerações de Hume a respeito do egoísmo avançam em direção semelhante. Ele considera um princípio, que se supõe prevalecer entre muitos pensadores, segundo o qual toda benevolência é mera hipocrisia, a amizade, uma trapaça, o espírito público, uma farsa. No fundo, todos procuramos satisfazer nossos interesses privados e usamos estes disfarces para distrair outras pessoas e submetê-las a nossas vilezas e maquinações. Contra esta hipótese hobbesiana do homem naturalmente egoísta, Hume diz, em primeiro lugar, que ela é contrária ao sentimento comum e às nossas noções mais evidentes. O mais descuidado observador pode perceber que parecem existir disposições como benevolência e generosidade e afeições como amor, amizade, compaixão, gratidão, as quais diferem claramente daquelas provenientes das paixões egoístas. A hipótese do egoísmo humano parece decorrer do amor pela simplicidade, que constitui a fonte de muito raciocínio falso em filosofia. A insuficiência dos sistemas que se baseiam nisto já foi provada por muitos filósofos e Hume considera-a suficientemente estabelecida.
         Em segundo lugar, Hume alega que a causa mais simples e mais óbvia que pode ser atribuída a um fenômeno é provavelmente a verdadeira. Ora, a hipótese do egoísmo envolve reflexões muito intricadas e refinadas. As nossas afecções não são suscetíveis de impressões provenientes de refinamentos da razão ou da imaginação. Assim, se  falecesse o amigo muito rico e protetor de uma pessoa, poderíamos suspeitar que o pesar desta pessoa esconde algum interesse. Mas não poderíamos fazer a mesma suposição se o falecido fosse muito pobre e necessitasse de proteção. Deste modo, hipótese do egoísmo equivaleria a tentar explicar o movimento duma carroça carregada através de minúsculas engrenagens e molas ocultas.
         Em terceiro lugar, Hume afirma haver diversas afecções que são marcas de uma benevolência geral na natureza humana, em que nenhum interesse real nos liga ao objeto. Parece difícil explicar como um interesse imaginário, conhecido e reconhecido enquanto tal, pode ser a origem de qualquer paixão ou emoção. Com efeito, há apetites corporais que necessariamente precedem todo prazer sensual. A fome e a sede têm como seu fim o comer e o beber, respectivamente. E da satisfação destes apetites primários surge um prazer, que pode tornar-se o objeto de outra espécie de desejo, que é secundário e interessado. Do mesmo modo, há paixões mentais através das quais somos imediatamente impelidos a buscar certos objetos particulares, tais como fama ou poder, e quando tais objetos são atingidos segue-se uma agradável sensação de deleite. Assim, o amor próprio não pode ser o único bem do homem, já que depende da satisfação de diversos desejos particulares que o precedem. Se não tenho vaidade, por exemplo, não me interesso pelos elogios alheios; se não tenho ambição, não me interesso pelo poder; se não estou com raiva, não me interesso pela vingança. Em todos estes casos, há uma paixão que aponta imediatamente ao objeto e faz dele nosso bem. É certo que há também outras paixões secundárias, que surgem a partir disso e perseguem o objeto como parte de nossa felicidade, mas só depois que o objeto é constituído como tal pelas nossas afecções originais. Se não houvesse qualquer apetite antecedente ao amor próprio, ele dificilmente se exerceria, porque neste caso teríamos tido prazeres e dores tão poucos e tão fracos que não nos motivariam a buscar a felicidade ou a evitar o sofrimento. A proposta de Hume, que explica a moralidade através de um sentimento de benevolência desinteressada, distinta do amor próprio, é mais simples do que a do egoísmo.
         Assim, a hipótese do amor próprio é mais uma sátira do que uma verdadeira descrição da natureza humana. Ela pode constituir um bom fundamento para a perspicácia paradoxal e para a zombaria, mas não para o raciocínio sério.



A vaidade em Matias Aires da Silva de Eça      
Matias Aires da Silva de Eça (1705-1763) filósofo brasileiro publicou, em 1752, um pequeno livro, intitulado Reflexões sobre a Vaidade dos Homens. Nele, não há apenas a construção de um sistema racional, mas a experiência duma vida e o reflexo dum caráter. Os principais temas tratados no opúsculo são os da vaidade, do amor e do ceticismo.
O mote que leva Matias a escrever Reflexões Sobre a Vaidade dos Homens é o conhecido versículo 2 do Capítulo 1 do Eclesiastes: vanitas vanitatum, et omnia vanitas. Em sua glosa do versículo bíblico, Matias parte da vaidade como um dos fundamentos das ações humanas. No Prólogo ao Leitor, ele nos avisa que os conceitos em seu livro não são rigorosos em virtude do próprio assunto tratado. De qualquer modo, a vaidade é apresentada não como uma paixão do corpo, mas da alma. Ela é vício do entendimento e não da vontade, pois depende do discurso. Eis porque a mais forte e a mais vã de todas as vaidades é a que resulta do saber. A vaidade é uma espécie de concupiscência, que deve ser enfrentada não com as forças do corpo, mas com as do espírito. A vaidade é sem limites, durando mais do que nós mesmos, através dos túmulos aparatosos que mandamos fazer. Ela é a que mais se esconde, entre todas as paixões. Muitas vezes, oculta a si mesma, através de ações pias que nascem de uma vaidade mística ou satisfação de ver-se superior aos outros através das boas obras realizadas (grifos do filósofo). A maior de todas as injúrias é o desprezo, porque atinge a própria vaidade. Até mesmo o desprezo pelas coisas vãs pode nascer do excesso de vaidade. Neste caso, tal excesso produz a aparência de uma virtude, que é a de não ser vaidoso. Embora cada ser humano conheça muito bem as vaidades alheias, desconhece as próprias. A vaidade se une a todas as paixões e muitas vezes constitui a origem principal das mesmas. Ela nasce com todas e é a última que se acaba. Até a humildade costuma nascer da vaidade, que exerce a sua influência mesmo onde parece não tê-la. E muitas das virtudes humanas surgem a partir da vaidade. Esta como que as inventou, pois, por exemplo, desprezamos a vida para ver reconhecido o nosso valor; deixamos de ser desleais para não termos de enfrentar o desprezo dos outros. A vaidade se parece muito com o amor próprio, confundindo-se talvez com ele. Se são paixões diversas, uma nasce da outra. Há vaidades universais, que compreendem toda a sociedade, e vaidades particulares, que são próprias a cada ser humano. As primeiras unem as pessoas e constituem a sociedade; as últimas separam e dividem as pessoas. A vaidade se encontra oculta no estado de inocência da infância, mas, com o tempo, vai crescendo e tomando conta de nossas vidas. A vaidade surge como contágio contraído a partir das relações e conversações dos homens. Nosso entendimento facilmente se infecciona com as opiniões próprias e com as alheias, com as vaidades próprias e com as dos outros. Em contrapartida, é dos delírios produzidos pela vaidade que resulta e depende a sociedade. O desejo de adquirir fama infunde tal valor nos homens que os transforma em heróis, em cientistas, em pessoas benignas e virtuosas. Eis porque o homem sem vaidade sente um desprezo universal por tudo, começando por si mesmo. A reputação aparece-lhe como uma fantasia, o respeito, como uma dependência servil, a benignidade, como uma virtude mercenária, a lealdade, como uma submissão necessária e a fama, como um objeto vago, incerto, que vale menos do que custa para conseguir.
         Em paralelo com a questão da vaidade, Matias introduz suas reflexões sobre o amor. Ele pensa que este é indefinível, ultrapassando a nossa capacidade de descrever, porque é infinito o nosso modo de sentir. A providência divina suscitou o amor nos homens e em toda a natureza para conservar o mundo. A verdadeira base do amor está na formosura. Há, porém, dois tipos de amor: o medíocre e vulgar, que só se ocupa dos prazeres dos sentidos, e o sublime, que se contenta em contemplar o objeto amado e se aproxima do amor divino. O primeiro é como um impulso da natureza, buscando o alívio fora de si e dependendo da vontade alheia; o segundo é como uma emanação da alma, encontrando o contentamento em si mesmo, sem depender da vontade alheia. Quanto às relações entre o amor e a vaidade, as Reflexões parecem apontar para uma visão de mundo em que a vaidade e o amor sublime se opõem frontalmente. O amor medíocre é inconstante e dominado pela vaidade, reduzindo-se a uma de suas manifestações. O amor sublime é o que temos pelo mundo enquanto criado por Deus. Este amor é constante. Não temos liberdade para deixar de amar a formosura do mundo, já que a estrutura do universo é um retrato da onipotência divina.
         Deste modo, parece que somos capazes de duas paixões principais: uma delas é o amor divino, que depende exclusivamente do coração inflamado pela beleza da obra divina; a outra é a vaidade, que depende do entendimento. É verdade que o amor medíocre também surge a partir do coração, mas ele busca a satisfação dos sentidos e precisa ser conservado pelo discurso, tornando-se mais uma das manifestações da vaidade que governa as relações sociais. De qualquer modo, as duas paixões principais são completamente livres de limitações.
         A partir desta oposição, podemos ver que a natureza humana propende para o mal e por causa disso devemos viver sob regras. Chegamos ao vício sem necessidade de tempo ou de mestre. À virtude só chegamos depois de muito trabalho. Nesta perspectiva, um homem às avessas seria um homem perfeito. Para fazer o bem, basta consultar a nossa natureza e fazer o contrário. Viemos ao mundo para fugir de nós mesmos, de nossas paixões, de nossas vaidades. As ações humanas são muitas e muitas vezes dominadas pela vaidade.  Mas não devemos abandonar completamente esta última, pois ela nos ajuda a moderar ou a impedir outros vícios. Na verdade, quem não tem vaidade alguma despreza a própria reputação e, portanto, a própria honra. Assim, é útil manter alguma tintura de vaidade, embora não a sua substância.
         Quanto ao conhecimento que temos do mundo, Matias se revela um cético. Para ele, vemos as coisas do modo que as podemos ver, ou seja, de maneira confusa. As paixões formam dentro de nós um intrincado labirinto, no qual o verdadeiro ser dos objetos se perde. Conhecemos as coisas não pelo que são em si, mas pelas suas diferenças. A essência nos é totalmente oculta. Além disso, nossas idéias mudam a partir das alterações pelas quais nós mesmos passamos. Nas letras, reina uma vaidade metafísica, espiritual. Seu objeto são os discursos e a disputa. Ter ou não ter razão é a guerra em que se passam os nossos dias e os nossos anos. Só achamos dúvidas contra a opinião dos outros, nunca contra a nossa. É mais fácil defender uma opinião má do que escolher uma boa. Todos os que se dedicam às letras são motivados pela vaidade de adquirir renome. Quanto maior é a vaidade de cada um, tanto maior é a sua aplicação. Os letrados não estudam para saber, mas para que se saiba que eles sabem. Aqueles que crêem saber mais que os outros ou se enganam ou se persuadem bem. Toda a ciência se corrompe no homem, pois tudo o que passa por ele fica infectado. A ciência não melhora o homem, mas o deixa como o encontra. Não é a ciência que nos ensina, e sim o tempo. A ciência é como um cristal claro que se coloca sobre uma pintura mal feita: pode dar-lhe lustro, mas não lhe dá maior valor. Nesta perspectiva, a ignorância tem produzido menos erros que a ciência. O que esta última nos faculta é sabermos errar com método. Em virtude disso, a discordância entre os sábios é total. Eles não compartilham doutrina alguma, princípio fundamental algum. Seu único ponto comum é a vaidade. As ciências não costumam pacificar o mundo, mas sim desordená-lo.  As idéias de Matias expostas acima sugerem que ele defende uma visão de mundo em que o ser humano possui uma natureza corruptível, no sentido de que nasce inocente, mas precisa de muita força moral para resistir às tentações da vida social e, em geral, não possui tal força em quantidade suficiente para evitar o pecado. Temos duas faculdades básicas, o coração e o entendimento, que geram as paixões do amor e da vaidade. Estas só encontram justificação quando provêm de Deus. É o que acontece com o amor pelo mundo, que, enquanto obra criada, reflete a onipotência de seu autor. Neste último caso, o coração se contenta em contemplar desinteressadamente a beleza da criação divina, experimentando uma alegria perfeita. Quando não provêm de Deus, as paixões geradas pelo coração e pelo entendimento iludem e dominam o ser humano. O coração gera a paixão do amor medíocre, que surge quando os sentidos se deixam impressionar pela beleza do objeto amado. Esta paixão é de caráter corporal, sensorial, instintivo, imperfeito. Nela, o sentir é muito mais amplo do que o explicar discursivo. O entendimento, por sua vez, pertence a uma alma que nasce ingênua, mas que está aberta para a vaidade através do processo de socialização. Este se baseia no discurso e só pode proporcionar uma alegria imperfeita. Na realidade, o entendimento é um verdadeiro castigo, pois nos permite perceber que nada sabemos acerca do mundo e de nós mesmos e nos deixa sem qualquer desculpa para justificar-nos. Toda pretensão ao conhecimento é pura vaidade. A diafonia entre os seres humanos é total. Coerentemente, Matias fala pouco do amor sublime em seu ensaio, porque se trata de algo inefável e independente do entendimento. Ele enfatiza a vaidade porque ela, enquanto vício do entendimento ligado ao processo de socialização se contrapõe ao amor sublime, apelando para o seu arremedo que é o amor medíocre, usando-o em suas maquinações diabólicas.

A vaidade na Maçonaria

         Autores maçônicos renomados como Aslan, Cammino e Castellani são praticamente unânimes em definir e explicar a vaidade na maçonaria. Utilizam quase sempre uma definição muito próxima das empregadas nos dicionários mais comuns.
         Resumidamente podemos definir a vaidade como a “qualidade” de caráter do que é vazio de valor, sem consistência ou fundamento. Caráter do vaidoso que apregoa um valor que não tem ou acoberta um real interesse, que estima excessivamente um valor pessoal, com desejo oculto de atrair a admiração dos outros. Em seu dicionário de maçonaria e simbologia, Aslan, cita que “O vaidoso considera-se superior a todos, em relação a seus dotes reais ou imaginários, e sente-se ofendido ou amesquinhado quando posto em confronto desfavorável com outros indivíduos. Chama-se isso vaidade ferida, que é muitas vezes, causa de comportamentos anti-sociais. O indivíduo, em seus julgamentos, tem consciência clara de seus dotes reais, não como motivo de orgulho, mas de responsabilidade em utilizá-los para fins morais mais elevados, e tem igualmente consciência de suas limitações, sem todavia deixar-se abater por esse motivo”.
         Neste ponto é muito próximo o pensamento de Cammino, Castellani e Aslan em relação a Vaidade, com a doutrina filosófica desenvolvida por Matias Aires ao coincidir o pensamento filosófico em que muitas vezes,”o vaidoso oculta sua própria vaidade através de ações pias que nascem de uma vaidade mística” ou satisfação de ver-se superior aos outros através das boas obras e ações generosas realizadas em consonância  com o pensamento maçônico geral.
         O tipo de organização adotada internamente pela maçonaria de um modo geral favorece a esse tipo de comportamento. É bastante comum vermos Irmãos maçons assumindo posturas de “sacrifícios” e “renuncias!” que examinados a luz de uma visão mais apuradas demonstram apenas a vaidade de quem as executa. Para um Mestre maçom com certa experiência e criteriosa observação é razoavelmente fácil perceber atitudes desse tipo, bem como as antecipar, descrevendo-as detalhadamente as ações “vaidosas” e ocultas em obras “Pias” como descreve Matias Aires, obviamente a ação maçônica exige um tratamento fraterno de tais atos, em prol dos ideários assumidos na nossa amada Ordem. Como colocam Hume e Aires o vaidoso, antes de tudo tende a ocultar e negar suas reais intenções, e ao ser confrontado, seu comportamento muda, e o cordeiro finalmente mostra a sua verdadeira face de lobo, apelando muitas vezes para “ameaças emocionais”. Como coloca o filósofo brasileiro Matias Aires, o vaidoso procura sempre amparo em ações Pias, buscando valorizar-se pela negação de sua visível vaidade.
         Segundo a Psicóloga e professora Dulce Alves, membro do conselho estadual de Psicologia, é raro que uma pessoa com uma vaidade tão acurada mude radicalmente seu comportamento. Ressalta a professora que as boas ações praticadas exteriormente, com o sentimento de vaidade interior “mascaram” a verdadeira analise do caráter. A psicóloga Dulce Alves compara o processo mental do vaidoso com o ser mitológico chamado “vampiro”, um ser que se alimenta da essência vital de outros seres. Segundo Dulce Alves uma das características deste ser mitológico é o fato de sua imagem não ser refletida em espelhos, pois estes serem não suportariam a visão de suas “reais” feições. Analogamente os vaidosos buscam não reconhecerem-se como vaidosos, ocultando de si mesmos esses sentimentos.
         Na ordem maçônica existem diversos ensinamentos que combatem a vaidade. Entretanto pelas suas peculiaridades esse é um polimento excessivamente demorado do caráter do Maçom, alem de ser um trabalho intimo, que deve ser desenvolvido individualmente.
         Privilegiados são os Irmãos que passaram pelos valiosíssimos ensinamentos do Grau 19, Grande Pontífice ou Sublime Escocês, da Jerusalém Celeste e do Grau 32, Sublime Príncipe do Real Segredo. Em minha opinião essas duas escolas seriam de grande utilidade para uma reflexão interior e profunda transformação pessoal no tocante a vaidade. Entretanto basicamente a única contribuição que podemos oferecer aos irmãos que ainda encontram-se inebriados pelas taças da vaidade é a utilização de outro principio muito caro e raramente interpretado corretamente no interior da ordem maçônica: a Tolerância.
A Maçonaria é uma escola de humanismo e disso ninguém pode duvidar. Tanto no estudo da filosofia, bem como no campo social, a Maçonaria incute aos seus adeptos essa capacidade de modificação no comportamento e na visão geral da sociedade, notadamente, nas condutas de moral e ética.

        


BIBLIOGRAFIA:

ASLAN, Nicola. Grande Dicionário Enciclopédico de Maçonaria e Simbologia. Londrina: A trolha, 2000.

ASLAN, Nicola, Instruções Para Conselhos Kadosh – Para o 19º ao 30º Grau. Londrina: A trolha, 2003

ALVES, Dulce. Ensaio sobre a Vaidade Comportamental. Recife:UNICAP - Universidade Católica de Pernambuco, 1989.

Bíblia Sagrada – Ed. Ave Maria, 1982.
BOUCHER, Joles. A simbólica Maçonica. São Paulo: Pensamento, 1979.
CAMINO, Rizzardo da. Rito Escocês Antigo e Aceito – 1º ao 33º. São Paulo: Madras Editora, 1999.

CAMINO, Rizzardo da. Simbolismo do Terceiro Grau: Mestre. São Paulo: Madras Editora, 2006.

CAMINO, Rizzardo da. Kadosh – do 19º ao 30º. São Paulo: Madras Editora, 2007.

CAMINO, Rizzardo da. Simbolismo Maçonaria Metafísica. São Paulo: Madras Editora, 2006.

CASTELLANI, José. Manual do Mestre Instalado. Londrina: A trolha, 2002.

CASTELLANI, José. O Rito Escocês Antigo e Aceito – História – Doutrina – Prática. Londrina: A trolha, 1996.

COLEÇÃO OS PENSADORES. David Hume. São Paulo: Nova Cultural, Volume XII, 2000.

EÇA, Matias Aires da Silva de. Reflexões Sobre a Vaidade dos Homens. Introd. de A. Amoroso Lima. S. Paulo: Martins Fontes, 1993.

ENCICLOPÉDIA MIRADOR INTERNACIONAL. São Paulo: Encyclopaedia Britannica do Brasil Publicações, 1987.

FERREIRA, Aurélio Buarque de Holanda, Novo Dicionário da Língua Portuguesa. Rio de Janeiro: Editora Nova Fronteira, 1996.

GAARDER, Jostein. O mundo de Sofia. São Paulo: Companhia das Letras, 1997.

LEADBEATER, C. W. A Vida Oculta na Maçonaria. São Paulo: Pensamento, 1998.


LOMAS, Robert. Girando a Chave de Hiran. São Paulo: Madras Editora, 2006.









às julho 03, 2013
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